Bloqueio norte-americano contra Cuba: erro que deve chegar a seu fim

Editado por Juan Leandro
2015-07-31 15:28:35

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A CEPAL, Comissão Econômica da ONU para América Latina e o Caribe recentemente condenou o bloqueio econômico , comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba. A organização sublinhou que este é o principal obstáculo para o desenvolvimento real do país caribenho. Durante anos, Cuba vem denunciando a situação perante as Nações Unidas e outras autoridades internacionais.

A secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, reconheceu a capacidade da ilha para desenvolver diversas áreas. Também sublinhou as potencialidades do país para conseguir capital estrangeiro. Não obstante, salientou que a existência do bloqueio continua aumentando os custos financeiros na maioria das transações que Cuba realiza.

Segundo a funcionária, a CEPAL calculou em aproximadamente 117 bilhões de dólares o custo dessa política até 2014. Mas a verdadeira dimensão do bloqueio vai além das astronômicas quantidades. É preciso considerar o fenômeno desde uma perspectiva histórica e medir o brutal impacto humano e o dano provocado a setores tão sensíveis como a saúde.

Todos os cubanos nascidos após 1962, quando o então presidente norte-americano, John Kennedy assinou o decreto que estabelecia as restrições contra Cuba, têm vivido sob as consequências negativas desta agressiva medida.

O bloqueio ou guerra econômica, é uma política aplicada por uma potência contra um país que se resiste a obedecer suas ordens. Na história há muitos casos, como o aplicado pela Grã-Bretanha contra a França durante a Revolução e as guerras napoleônicas. Inclusive o bloqueio britânico ao litoral do leste dos Estados Unidos em 1812. Mas nenhum, se estendeu como o imposto aos cubanos.

Nunca a humanidade tinha sido testigo de um período tão longo de restrições, meio século de agressões que com o tempo se incrementaram, até se transformar em medidas extraterritoriais.

Por que um banco francês não pode gerenciar contas cubanas, ou um navio de qualquer país deve esperar seis meses antes de entrar aos Estados Unidos após estar em portos cubanos?

Por que uma criança cubana com câncer não pode se beneficiar com um medicamento feito nos Estados Unidos, ou um diabético norte-americano deve sofrer uma amputação se existe em Cuba um tratamento que poderia evitar isso?

Muitas perguntas e uma só resposta: o bloqueio. Essa barreira é uma aberração jurídica, econômica, histórica e humana, além de uma provocação ao direito elementar da liberdade de todo homem.

(GA – 31 de julho)

 

 

 

 

 

 



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