Nova rodada de conversações Cuba – União Europeia

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-02-29 10:49:56

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Nesta semana, se reúnem de novo Cuba e a União Europeia. Será a sétima rodada de conversações entre as duas partes desde que, em 2014, começou o processo de aproximação em busca de um Acordo de Diálogo Político e de Cooperação.

A nova rodada, que acontece em Havana, focalizará artigos pendentes dos capítulos de diálogo político e cooperação, bem como as disposições institucionais e provisões gerais do Acordo.

Ambas as partes assinalam que houve notáveis avanços nas conversações que buscam ultrapassar a chamada “posição comum”, propulsada na década de 1990 pelo então presidente do governo espanhol José Maria Aznar, seguindo os ditames dos Estados Unidos.

Esta restritiva política comunitária condicionava o diálogo com o país caribenho em matéria de direitos humanos e liberdades passando por alto as conquistas de Cuba em favor de toda a população em prerrogativas tão importantes como a saúde e a educação, entre outras.

As seis rodadas anteriores se realizaram com respeito e profissionalismo, o que reflete o compromisso de continuar avançando para fechar o Acordo e aprofundar as relações atuais e futuras.

Os enfoques continuam sendo diferentes em vários aspectos, mas tanto Cuba quanto a União Europeia vão aproximando posições no decurso das negociações, que buscam um acordo sólido e válido por muitos anos.

A verdade é que existem muitos elementos que permitem potenciar, expandir e aprofundar a cooperação que Cuba mantém com as nações comunitárias bilateralmente. Os vínculos econômicos, comerciais e de investimento entre Cuba e os Estados Membros do bloco europeu são frutíferos.

Uma nova e construtiva etapa nas relações bilaterais se abre com estas conversações, iniciadas em abril de 2014, como resultado da decisão adotada pelo Conselho de Ministros das Relações Exteriores da União Europeia, a 10 de fevereiro do mesmo ano, de convidar Havana para iniciar o processo, que foi aceito em 6 de março.

Cuba reiterou sua vontade de avançar no diálogo sobre as bases de igualdade e respeito, mutuamente acordadas em 2008, e com esse mesmo espírito irá a esta nova rodada de conversações que constituem, sem dúvida, o reconhecimento pelos Estados Membros da União da necessidade de deixar para trás uma política unilateral e falida.



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