Oito acordos ilustram o saneamento das finanças de Cuba

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-05-25 10:39:43

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Desde dezembro passado, quando Cuba e seus credores do Clube de Paris chegaram a um acordo sobre a regularização da dívida, o governo de Havana negociou em separado com os membros do grupo e assinou outros documentos relevantes.

Delegações da Austrália e Cuba assinaram recentemente um acordo para regularizar a dívida contraída pela Ilha, que formaliza seu 8o entendimento com o mesmo propósito.

Neste mês, representantes de Cuba também subscreveram instrumentos similares com seus homólogos da Suíça e Espanha.

Todas as negociações se enquadram no contexto da avença multilateral alcançada com o grupo de credores do Clube de Paris, em termos que beneficiam Cuba.

Os credores cancelaram 8,5 bilhões de dólares correspondentes a juros e Cuba se comprometeu a pagar 2,6 bilhões de dividas no prazo de 18 anos.

Vale recordar que a Rússia, de seu lado, cancelou 90 por cento da dívida que Cuba tinha desde os tempos da ex-União Soviética e permitiu que a Ilha reembolsasse o resto, equivalente a 3,5 bilhões de dólares, no prazo de 10 anos.

Cuba também fechou acordos de diferentes tipos com Japão e México.

Assim, se cria um espaço favorável para que Cuba obtenha novos créditos e se amplia a atmosfera propícia para os investimentos externos e o comércio.

O governo cubano conduziu este processo negociador apesar das limitações financeiras provocadas pelo bloqueio dos Estados Unidos, a crise global e a condição de país pobre.

Essas restrições, mais agudas em determinados períodos, como na década de 1990 do século passado, não permitiram que Cuba cumprisse seus compromissos tal qual era seu propósito.

O 7o Congresso do Partido Comunista de Cuba, realizado recentemente, colocou de relevo as ações encaminhadas ao saneamento da dívida.

Com esses passos – explica o relatório do Congresso – se contribui para o restabelecimento da credibilidade internacional da economia cubana.

A reunião exortou a não recuar e assegurar um balanço apropriado na tomada de créditos e sua estrutura, o pagamento das dívidas reordenadas, a dívida corrente e o cumprimento do plano da economia.

As negociações de representantes do governo cubano com o Clube de Paris e, mais tarde, em separado, com seus membros, assim como os acordos assinados indicam que o financiamento externo é o âmago da estratégia nacional.

Como nenhum país é capaz de avançar sem créditos externos, Cuba regulariza seu débito e espera ter acesso a novas fontes.



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