Festa do fogo em Santiago de Cuba

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-07-12 10:41:23

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Na primeira semana de julho, Santiago de Cuba viveu, intensamente, dias multicores, alegria, dança e música na chamada Festa do Fogo, em que conflui o Caribe em sua semelhança e diversidade.

Todos os anos, delegações de vinte ou mais países desembarcam na cidade, situada no leste cubano, com um objetivo bem definido: preservar as autênticas expressões da cultura popular e tradicional.

Ao longo da semana, a festa tomou conta da cidade e em mais de 30 áreas abertas e recintos fechados se organizaram concertos e bailes populares, rituais religiosos, exposições de artes plásticas, encontros de narradores orais e poetas, peças teatrais e desfiles de dança e música com todo o colorido do Caribe.

A 36ª edição da Festa do Fogo, dedicada ao Equador, reuniu mais de 600 delegados de uns 25 países, os que, unidos aos representantes de Cuba, somaram mais de 2000 participantes. Embora não faça parte geograficamente do Caribe, a população afro-descendente do Equador possui particularidades étnicas e culturais semelhantes ao multiculturalismo caribenho.

Desta feita, participou pela primeira um grupo das Ilhas Virgens Norte-Americanas, de onde vieram vários projetos artísticos, entre eles uma Steel Band que realizou intercâmbio musical com seu similar do povoado de El Cobre de Santiago de Cuba.

O Colóquio O Caribe que nos Une é um dos pontos culminantes do encontro, criado para aprofundar na história e na cultura dos povos da região.

Desde 1981, em Santiago de Cuba se propulsa o encontro e a unidade dos povos da região do Caribe a partir da cultura popular tradicional. Assim, nesta ocasião, foi dedicado ao aniversário do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, que completa 90 anos em agosto e sempre promoveu a integração dos países da área.

Para os participantes, a mais recente edição da Festa do Fogo teve um marcante valor integracionista e solidário, merecendo destaque seu enfoque comunitário, dando ênfase aos feitos e práticas de homens e mulheres comuns, e grupos tradicionais afastados dos grandes circuitos de promoção da arte.

Sem dúvida, Santiago, chamada a mais caribenha das cidades cubanas, é o espaço ideal para este encontro, não só por sua situação geográfica, mas também pela história e a cultura dos habitantes da cidade, que mantiveram contato assíduo com os povos assentados noutras ilhas da região.



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