Presidente cubano destaca que povo do Brasil agradece o trabalho dos médicos de Cuba

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-11-19 11:39:48

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Havana, 19 de novembro (RHC).- O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, destacou que o povo brasileiro agradece e reconhece o rigor científico e qualidade humana dos médicos cubanos que encerrarão seu trabalho nesse país.

Em sua conta no Twitter, Díaz-Canel referiu-se à decisão de pôr fim à participação no Programa “Mais Médicos” por causa dos condicionamentos e ameaças do presidente eleito Jair Bolsonaro. Disse que o povo brasileiro perde uma atenção de saúde que almeja, e sublinhou que os médicos cubanos deram amor e esperança aos cidadãos desse país.

O chefe de Estado apontou que os profissionais da saúde de Cuba viajam com a dignidade até onde não chegam os inimigos dos povos, e postou imagens onde aparecem prestando serviço em zonas pobres e humildes do Brasil.

Em Havana, o ministério da Saúde Pública informou que nesta semana começarão a retornar a Cuba os médicos que colaboram nessa nação. O processo terminará em meados de dezembro.

Em declarações ao jornal “Granma”, o doutor Jorge Delgado, diretor da Unidade Central de Colaboração Médica, falou que todos têm garantido seu emprego e a possibilidade de partir para cumprir outras missões solidárias no exterior.

No Brasil, Thiago Henrique Silva, membro da Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares, afirmou que a ignorância do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre Cuba e sua política humanitária pode levar o país a uma catástrofe sanitária, e ressaltou que as ofensas e questionamentos deixarão 30 milhões de brasileiros sem atenção médica.

Silva denunciou que Bolsonaro trata de mascarar o fundo ideológico de sua decisão questionando a qualidade profissional dos cubanos, e lembrou que Cuba têm convênios no setor com mais de 60 países.

Nesse contexto, a Rede Internacional de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais – Capítulo Brasil, denunciou que Bolsonaro, que se autoproclama sem viés ideológico, “perderá nove mil médicos por questões ideológicas e, também, por ignorância”.



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