Malecón de Havana

Editado por Irene Fait
2022-01-21 18:00:10

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Malecón (avenida beira-mar) de Havana

Havana, a capital da República de Cuba, foi fundada em 1516 pelos conquistadores espanhóis que chegaram à Ilha com Cristóvão Colombo em 1492. Sua história é contada pelas fortalezas, as edificações erguidas em épocas diferentes, as lendas populares, as pessoas que habitam nela, e também por construções que a tornam uma cidade única no Caribe.

É impossível pensar em Havana sem que apareça a imagem do Malecón, uma grande avenida beira-mar de oito quilômetros com um muro quebra-ondas ao longo de todo o trajeto. Esse é o lugar aonde vão os havanenses e os visitantes para namorar, filosofar, refrescar no final do dia, escutar música de violão e de trovadores, enfim, para curtir e socializar.

Em 1819, ainda sob a dominação espanhola, as autoridades decidiram construir um passeio no litoral pedregoso levando em conta que a cidade estava crescendo para o oeste, fora do limite das muralhas que a tinham protegido até o século XVII. Para isso, chamaram o mais importante engenheiro cubano dessa época, Dom Francisco de Albear, que concebeu o projeto para que fosse mais do que uma simples avenida.

As obras do Malecón foram executadas em várias etapas, de 1901 a 1952. A primeira durante o governo interventor norte-americano, que assumiu o controle do país após a queda do regime colonial espanhol até 1902, quando a República foi instaurada. Os EUA tinham entrado na guerra de independência dos cubanos justamente com esse objetivo.

À medida que a cidade ia crescendo, também se estendia o muro. A avenida beira-mar parte da entrada da baía, e segue em direção oeste até a foz do rio Almendares, acompanhando a linha irregular do litoral.

Além de sua beleza centenária, o Malecón é uma via importante em Havana. Tem seis faixas de circulação de veículos, três em cada direção, o que permite a passagem fluída e rápida dos carros.

Para muitos, o lugar é considerado pulso da cidade, porque é um reflexo fiel da vida de seus habitantes, seus amores, encontros e desencontros, tristezas e alegrias, com a brisa marinha suavizando o intenso calor do Caribe.

 



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