Rádio, Janela e Espelho

Édité par Lorena Viñas Rodríguez
2018-02-19 16:46:32

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Por Guillermo Alvarado

Profunda revolução tecnológica se produziu no mundo no setor da comunicação, mas a rádio continua sendo o meio mais dinâmico, atrativo e utilizado cada dia por milhões de pessoas para se verem, reconhecerem e, ao mesmo tempo, para espiar o que está se passando nos rincões mais afastados do planeta.

Sua dupla função, ou seja, janela e espelho, é uma das razões pelas que entra em todos os lares onde acaba virando companhia indispensável.

Como assinalava a mensagem da ONU, ao comemorar-se recentemente o Dia Mundial da Rádio, ninguém está sozinho se tiver ao lado um rádio. Independentemente do que estiver fazendo, você estará se informando, sendo formado, e transformado.

Audrey Azoulay, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO – afirmou que a rádio contribui para eliminar os estereótipos racistas e xenófobos. Constitui uma oportunidade de manter viva a diversidade como fator que propicia o diálogo e a tolerância.

Neste ano, a data foi dedicada às transmissões esportiva na rádio. Nesta direção, Azoulay lamentou que os meios dedicassem apenas 4 por cento de sua programação para difundir o esporte feminino e que as mulheres, em geral, só constituem 12 por cento da informação esportiva.

A diretora-geral da UNESCO disse que as organizações internacionais devem se mobilizar para conseguir que a rádio seja um meio cada vez mais independente e pluralista.

Vale recordar e alentar o esforço corajoso e a dedicação que em muitos países pequenos e pouco desenvolvidos realizam as pequenas rádios comunitárias, que trabalham em condições complicadas, muitas vezes enfrentando interesses de grandes corporações, de autoridades locais e de governos, que assistem, aborrecidos, como se difundem verdades que gostariam que permanecessem ocultas.

Vem à mente o caso da locutora indígena mexicana Marcela de Jesús Natalia, assassinada a tiros em 3 de junho passado, quando saía da emissora radiofônica onde trabalhava no município de Ometepec, no estado de Guerrero.

Queremos transmitir nosso abraço fraterno a todos os colegas que fazem rádio nos países da América Latina e o Caribe, na África e nas regiões mais pobres do sudeste asiático, especialmente àqueles que realizam a nobre missão de informar e formar em condições de risco, sem o amparo da lei ou da justiça, mas que, apaixonados por este belo meio de comunicação, cumprem a missão de falar a verdade de qualquer jeito, mesmo às custas de sua segurança ou integridade física.



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