A jogada de Bolsonaro

Édité par Lorena Viñas Rodríguez
2021-04-01 22:26:20

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

O imprevisível presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, encurralado pela crise sanitária, queda de sua popularidade e tensões com outros fatores de poder no país, se viu forçado a realizar mudanças em seu gabinete e noutras estruturas do governo.

Bolsonaro substituiu vários ministros e fez mudanças na Justiça, Casa Civil e a Advocacia Geral da União.

A jogada evidentemente não foi voluntária, isto porque perdeu vários de seus mais fieis e próximos colaboradores, o que demonstra fissuras mais profundas do que se possa constatar à simples vista.

O primeiro que caiu foi o general Eduardo Pazuello, chefe da pasta de Saúde, vencido pela gravidade da pandemia que contagiou até agora 12,5 milhões de pessoas e matou 315 mil. As coisas chegaram a tal ponto que o Brasil virou ameaça para seus vizinhos e a América do Sul toda.

Ao presidente doeu muito a demissão de seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, assinalado por ter destruído a imagem do Brasil no exterior para contentar seu chefe, e o chefe deste, Donald Trump.

A sucessão de horrores desse sujeito não tem precedente, é considerado o pior chanceler na história da diplomacia local. A gota d’água foi sua postura agressiva contra a China justamente quando mais se necessitavam as vacinas chinesas para combater à Covid-19.

Outro golpe para a imagem do chefe do executivo brasileiro foi a saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o homem que manteve a coesão do exército ao redor do polêmico e desprestigiado presidente.

Segundo o analista Dario Pignotti, a alta cúpula militar, que também foi removida, via com desagrado a politização que Bolsonaro está fazendo nos mandos intermédios e baixos do exército.

Os generais também não estariam dispostos a participar da briga entre o presidente e os governadores que apostam em tomar medidas de isolamento para conter a propagação da Covid-19.

Bolsonaro vive os momentos mais baixos de apoio popular, que vem despencando em proporção inversa à subida de Luis Inácio Lula da Silva, portanto, não seria estranho se a direita radical brasileira trocasse de candidato para as eleições presidenciais de outubro de 2022.

 

 

 



Commentaires


Laissez un commentaire
Tous les champs sont requis
Votre commentaire ne sera pas publié
captcha challenge
up