Os fundos “abutre” de olho nos recursos naturais da Argentina

Édité par Juan Leandro
2014-07-23 14:49:29

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

O conflito criado pelos chamados fundos “abutre” contra a Argentina disparou a alarme no mundo todo. O ataque financeiro contra essa nação sul-americana tenciona embargar seus ativos, incluso os da companhia petroleira YPF.

Essa ação busca cercear a independência econômica do país e mantê-lo amarrado a instituições financeiras internacionais como o FMI, Fundo Monetário Internacional. O site Rebelion indicou que a coragem e exemplo de emancipação da economia dado primeiro por Nestor Kirchner e depois por Cristina Fernández na Presidência, representou uma ferida no coração dessa entidade.

Ao longo de décadas, o FMI obrigou as nações do chamado Terceiro Mundo a aceitarem empréstimos em condições leoninas, com juros altíssimos, impossíveis de saldar.

A situação atual confirma o que todos sabem: os problemas do sistema financeiro internacional e seu caráter injusto e desigual. Evidencia também o matiz colonialista dos chamados fundos oportunistas, que atentam contra a soberania das nações.

O ministro de Defesa da Argentina, Agustin Rossi, denunciou que os fundos “abutre” estão de olho nos recursos naturais do país, e recordou que a América do Sul é um continente muito rico nesse aspecto.

O certo é que o governo argentino cumpriu e continua cumprindo seus compromissos quanto ao pagamento da dívida externa, como vem fazendo desde 2005. A partir de um grande esforço econômico, saldou os vencimentos de dívida de 93% dos credores, que aceitaram reestruturar o débito. Em 30 de junho passado, foram depositados 900 milhões de dólares em conceito de juros.

Nesse contexto, as autoridades argentinas têm recebido um amplo respaldo internacional. Governos e organismos como a CELAC, Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, a UNASUL, União de Nações Sul-americanas, e o Parlamento Latino-americano, apoiam a batalha travada por esse país contra os fundos “abutre”.

O conflito financeiro mostrou a necessidade de respeitar os acordos acertados entre devedores e credores dentro dos processos de reestruturação de dívidas soberanas.

Como afirmara a Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, o direito dos povos dos países devedores à alimentação, moradia, emprego, educação, serviços de saúde e um meio ambiente saudável, não pode se subordinar à aplicação de políticas de ajuste estrutural e reformas econômicas atreladas ao problema da dívida externa.

(M.J. Arce, 23 de julho)

 



Commentaires


Laissez un commentaire
Tous les champs sont requis
Votre commentaire ne sera pas publié
captcha challenge
up