Batidas noturnas, uma questão que divide a sociedade uruguaia

Édité par Irene Fait
2024-09-10 16:34:25

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Batidas noturnas no Uruguai

Por María Josefina Arce

Em 27 de outubro, no dia das eleições gerais no Uruguai, uma questão antiga que divide a sociedade, as batidas noturnas das forças policiais, também será levada à consideração do público.

A proposta do governo de realizar um plebiscito sobre segurança que tem algum apoio, mas vem diminuindo, também está sendo questionada por muitos, porquanto a descrevem como mera propaganda no período que antecede as eleições, nas que será eleito o novo presidente do país.

Os analistas lembram que, durante sua campanha eleitoral de 2019, a atual coalizão de direita no poder disse que sabia como combater o crime, que não seria um problema no território uruguaio.

Nos últimos anos, contudo, houve um aumento dos delitos ligados ao crime organizado no Uruguai, o que levou a que aumentasse notavelmente a insegurança, de acordo com estudos de diferentes instituições.

A Frente Ampla, da oposição, discorda da forma e do tratamento do debate sobre a reforma constitucional em termos de segurança.

E aponta que o governo está apresentando as batidas noturnas como solução imediata para a luta contra o tráfico de drogas, uma ideia que, no seu entendimento, não tem fundamento.

Diversos setores afirmam que essa ferramenta deve ser manuseada com muita cautela e respeito aos cidadãos. Acadêmicos afirmam que implicará um risco iminente à integridade física e que o fator noite multiplicará a violência e o perigo.

Os que não apoiam a medida também afirmam que, do ponto de vista dos direitos humanos, pode infringir a prerrogativa da privacidade e do lar, conforme consagrado em leis e tratados internacionais.

Da mesma forma, foi enfatizado que as batidas noturnas são mais propensas a erros e abusos devido à maior vulnerabilidade dos ocupantes das residências.

Em um contexto de declínio no comparecimento às urnas e indecisão, os cidadãos votarão sobre o futuro de uma possível reforma constitucional que permitiria buscas noturnas controversas pelas forças policiais.



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