Eleições presidenciais no Peru

Édité par Yusvel Ibáñes Salas
2016-06-01 08:53:30

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No segundo turno das eleições presidenciais no Peru, que acontecerá no próximo domingo, 5 de junho, os eleitores serão obrigados a escolher entre dois representantes da direita radical e neoliberal: Keiko Fujimori e Pedro Pablo Kuczynski.

Infelizmente, não se trata de buscar entre dois males o menor, como insinuam alguns setores, porquanto ambos os candidatos são a mesma coisa e nenhum significará um alívio para as famílias pobres, nem vai resolver o desemprego e a marginalização.

Keiko é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, hoje em dia preso por violar os direitos humanos e assinalado por corrupção. Não estamos tratando de atribuir a Keio os muitos defeitos de seu pai, como se fosse fatalismo genético.

Ela fez suficientes esforços para se situar à direita da direita. Foi congressista de 2006 a 2011 e faltou nada mais e nada menos que 500 dias ao trabalho, ou seja, quase dois anos, mas recebendo salário e outros privilégios pontualmente, como se nunca tivesse se ausentado.

Sua lista de candidatos ao parlamento está repleta de indiciados, processados e condenados por delitos diferentes. Uma delas é Cecília Chacón, que se candidatou para evitar que fosse condenada por enriquecimento ilícito.

Seu programa inclui a privatização de recursos naturais em favor das multinacionais, assim como enfraquecer as organizações populares, sindicais e sociais.

Já o seu rival, Pedro Pablo Kuczynski é considerado um operador dos interesses dos Estados Unidos cuja cidadania obteve há vários anos. Foi nomeado chefe de Planejamento e Política do Banco Mundial, presidente do First Boston International e diretor da First Boston Corporation.

Kuczynski está casado com uma filha de William Joseph Casey, 13o diretor da Agência Central de Inteligência CIA, de 1980 a 1 987, ademais foi coordenador da campanha presidencial de Ronald Reagan.

Em seu país natal, foi ministro de Energia e Minas (1980 – 1982), de Economia e Finanças (2001 a 2002) e presidente do Conselho de Ministros do Peru, de 16 de agosto de 2005 a 27 de julho de 2007 e, em todos os cargos, sempre serviu aos interesses das multinacionais, principalmente dos Estados Unidos.

Inevitavelmente, uma destas duas personagens vai dirigir o destino do Peru durante os próximos anos, no que constitui uma alternativa de alto risco.



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