Declaração do Ministério das Relações Exteriores de Cuba: Nossa América ante a arremetida do imperialismo e das oligarquias

Édité par Lorena Viñas Rodríguez
2019-12-05 20:58:05

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

À implacável arremetida das forças mais reacionárias do hemisfério, Cuba opõe a inquebrantável resistência de seu povo e a vontade de defender a unidade da nação, suas conquistas sociais, sua soberania e independência, e o socialismo ao preço que for necessário, afirma declaração do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

Em outro trecho, o documento realça: os mais recentes acontecimentos na região confirmam o governo dos EUA e a oligarquia reacionária como os principais responsáveis da perigosa conturbação e instabilidade política e social da América Latina e o Caribe.

A calúnia norte-americana de atribuir supostas responsabilidades a Cuba na organização das mobilizações populares contra o neoliberalismo na América do Sul é uma desculpa incrível para justificar e endurecer o bloqueio e a política hostil contra o nosso povo. É inútil proteger governos cambaleantes e repressivos, ocultar golpes parlamentares, judiciais, policiais e agitar o fantasma do socialismo para amedrontar os povos, a fim de esconder o fracasso do sistema capitalista. Com isso também querem justificar a repressão e a criminalização do protesto social.

A única responsabilidade de Cuba é aquela que emana do exemplo dado pelo seu povo heróico na defesa de sua soberania, na resistência ante as mais brutais e sistemáticas agressões, na prática invariável da solidariedade e a cooperação com as nações irmãs da América Latina e o Caribe.

Dói ao imperialismo que Cuba tenha provado que sim, outro mundo é possível e que se pode construir um modelo alternativo ao neoliberalismo, baseado na solidariedade, a cooperação, a dignidade, na distribuição justa das rendas, o acesso igualitário à superação profissional, à segurança e proteção cidadã e à liberdade total dos seres humanos.

A Revolução cubana mostra que um povo muito unido, dono de seu país e de suas instituições, em permanente e profunda democracia, pode resistir vitoriosamente e avançar em seu desenvolvimento diante da agressão e do bloqueio mais longos da história, realça o documento da chancelaria cubana.

E continua o documento: o golpe de Estado na Bolívia, articulado pelos EUA,que utilizou a OEA e a oligarquia local para tal fim, mostra a agressividade da arremetida imperialista. Cuba reitera sua condenação ao golpe de Estado, à brutal repressão desencadeada e manifesta sua solidariedade ao companheiro Evol Morales Ayma, ao povo boliviano.

No tempo em que o governo dos Estados Unidos continua sua guerra não convencional para tratar de derruba r o governo legitimamente constituído do presidente Nicolás Maduro Moros e invoca o Tratado Inter-Americano de Assistência Recíproca (TIAR), Cuba ratifica sua vontade inquebrantável de manter a cooperação com o governo e o povo venezuelano.

Ao governo e povo sandinistas da Nicarágua, liderados pelo presidente Daniel Ortega, que enfrenta as manobras de desestabilização e medidas coercitivas unilaterais norte-americanas, reiteramos nossa solidariedade.

O governo legítimo de Dominica e seu Primeiro-Ministro Roosevelt Skerrit merecem a solidariedade internacional e já conta com a do povo cubano quando essa ilha vem sendo vítima da intromissão externa que já provocou violência e pretende frustrar o processo eleitoral.

Neste complicado cenário, o governo de Andrés Manuel López Obrador no México enfrenta o neoliberalismo e defende os  princípios de não intervenção e respeito à soberania, enquanto que a eleição de Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner como presidente e vice da Argentina manifesta o rechaço inequívoco dessa nação às fórmulas neoliberais que a empobreceram, endividaram e prejudicaram seriamente seu povo. A colocação em liberdade de Lula é uma vitória dos povos e Cuba reitera sua chamada à mobilização mundial para sua liberdade total, restituição de sua inocência e de seus direitos políticos.

Em outro trecho, a declaração do Ministério das Relações Exteriores de Cuba sublinha: na dramática conjuntura que atravessa a região e o mundo, Cuba reafirma os princípios de soberania,, não intromissão nos assuntos domésticos de outras nações e o direito de cada povo de escolher e construir seu sistema político, em ambiente de paz, estabilidade e justiça, sem ameaças, agressões, nem medidas coercitivas unilaterais e convoca a cumprir os postulados da Proclama da América Latina e o Caribe como Zona de Paz.

Cuba continuará trabalhando no caminho da integração de Nossa América que inclui a concentração de todos os esforços em que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em breve presidida pelo México, continue promovendo os interesses comuns de nossas nações mediante o fortalecimento da unidade dentro da diversidade.

À implacável arremetida das forças mais reacionárias do hemisfério, Cuba opõe a inquebrantável resistência de seu povo e a vontade de defender a unidade da nação, suas conquistas sociais, sua soberania e independência, e o socialismo pelo preço que for necessário. Fazemos isso com o otimismo e a confiança inamovível na vitória que nos legou o Comandante em Chefe da Revolução Cubana Fidel Castro Ruz, com a direção do Primeiro Secretário de nosso Partido, General de Exército Raúl Castro e a liderança do Presidente Miguel Diaz-Canel, conclui a Declaração do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, publicada em 03 de dezembro de 2019.



Commentaires


Laissez un commentaire
Tous les champs sont requis
Votre commentaire ne sera pas publié
captcha challenge
up