Wikileaks revela pagamento no Equador por desinformação sobre Assange

Édité par Irene Fait
2025-02-04 19:19:34

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Quito, 04 fevereiro (RHC) O portal digital WikiLeaks revelou que o jornalista e ex-candidato presidencial assassinado no Equador, Fernando Villavicencio, recebeu pelo menos 65 mil dólares dos Estados Unidos para desinformar sobre Julian Assange.

De acordo com os documentos vazados, Villavicencio divulgou que Assange havia se reunido secretamente com Paul Manafort, ex-chefe de campanha de Donald Trump, na embaixada equatoriana em Londres.

Os fundos que o político equatoriano recebeu foram fornecidos pela National Endowment for Democracy (NED), uma organização financiada pelo governo dos Estados Unidos, disse Wikileaks.

A campanha de desinformação contribuiu para a decisão do governo de Lenín Moreno (2017-2021) de retirar o asilo ao jornalista equatoriano em 2019, o que permitiu que  fosse preso pela polícia britânica.

Após as recentes revelações, o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) afirmou em sua conta no X: "Olha isso! O tempo sempre nos dá razão".

O Equador concedeu asilo ao líder do Wikileaks em 2012, durante o governo de Correa, que considerou que a vida do jornalista corria risco se fosse deportado para os EUA.

O ex-presidente descreveu aqueles que entregaram Assange às autoridades britânicas em 2019 como "traidores da pátria" e mencionou em particular o então presidente equatoriano Lenín Moreno, José Valencia, que estava no comando do Ministério das Relações Exteriores, e outros funcionários.

Assange estava enfrentando um pedido de extradição da justiça norte-americana pela divulgação, por meio do portal WikiLeaks, de documentos secretos que informavam ao mundo a gravidade dos crimes cometidos pelos militares norte-americanos durante as agressões e ocupações do Afeganistão e do Iraque.

Finalmente, em junho de 2024, Assange foi colocado em liberdade após um acordo com o sistema judiciário dos EUA e retornou ao seu país natal. (PL)



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