Revolta na Colômbia

بقلم: Lorena Viñas Rodríguez
2021-05-10 21:21:29

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

Foto: Internet.

Por: Guillermo Alvarado

Dentro e fora da Colômbia as pessoas estão cada vez mais indignadas com a brutal repressão militar contra a população civil. A violência é a única resposta do governo de Ivan Duque para tratar de conter a raiva de dezenas de milhares de cidadãos que exigem, nas ruas, mudança radical naquele país.

Vendo as imagens e as informações sobre as vítimas nos últimos 12 dias, percebe-se um cenário de guerra em que uma das partes, as forças armadas, a polícia e o tenebroso Esquadrão Móvel Antimotim (Esmad) descarregam seu poder de fogo nos civis desarmados.

De acordo com o Instituto Para o Desenvolvimento e a Paz, nos primeiros dez dias de protestos houve 47 pessoas assassinadas, 963 foram detidas arbitrariamente, 12 casos de agressões sexuais, 28 das centenas de feridos têm lesões oculares e 548 estão sumidos.

O levantamento da situação corresponde a um conflito armado interno, onde os agentes do Estado atiram com a cumplicidade do governo.

Organizações políticas, humanitárias, governos, personalidade e o papa Francisco manifestaram preocupação com a escalada da violência governamental contra a população que reclama seu direito de viver com dignidade.

Em troca, a Organização de Estados Americanos OEA está calada. Seu líder, Luis Almagro, parece que está tirando uma boa soneca.

A Colômbia, como se sabe, é um país ocupado pelo Pentágono que tem lá ao menos sete bases militares declaradas e um número nunca precisado de soldados, sob o pretexto de combater o tráfico de drogas e o terrorismo.

Até agora, como recordou o escritor Hernando Calvo Ospina, o país sul-americano é o principal produtor de cocaína e os Estados Unidos é o consumidor número um. Noventa e cinco por cento do dinheiro que produz esse negócio ilícito são lavados em bancos norte-americanos.

Por isso, quem sabe, ordenaram a Almagro que fizesse o que faz o macaco sábio: não vê, não ouve, não fala.

Nada disso vai parar a revolta em andamento na pátria de Jorge Eliécer Gaitán, cujo assassinato em 9 de abril de 1948 despertou a maior sublevação de todos os tempos naquele  país.   

Só que hoje, não é apenas Bogotá, a capital; o fogo se propagou a outras cidades, como Cali, onde o Esquadrão Móvel Antimotim e o exército cometeram uma chacina e chegaram a atirar contra os médicos que estavam querendo salvar os feridos.

A margem de manobra de Ivan Duque está acabando. E o presidente já está começando a sentir a solidão que acompanha os tiranos, quando abrem fogo contra seu próprio povo.

 



التعليق


أترك تعليقا
الجميع مطلوبة
لم يتم نشره
captcha challenge
جاري التحميل
24 Horas en el mundo
فيما يلي
  • Inglés
  • Despertar con Cuba
  • Sonido Cubano

الأكثر قراءة

up