A imensa maioria dos cubanos, milhões de pessoas de todas as idades, participa desde hoje da grande homenagem dada no país como tributo póstumo ao líder histórico da Revolução, Fidel Castro, falecido na sexta-feira passada aos 90 anos de idade.
O Memorial José Martí, situado na base do monumento erguido ao Herói Nacional na Praça da Revolução de Havana, recebe milhares de pessoas que almejam se despedir do Comandante e manifestar apoio a seus pensamentos e princípios.
A população cubana também ratifica o conceito de Revolução enunciado por Fidel no discurso do primeiro de maio de 2000, no comício pelo Dia Internacional do Trabalho, nesta mesma esplanada.
Nesse dia, o líder cubano proclamou que “Revolução é unidade, é independência, é lutar por nossos sonhos de justiça para Cuba e para o mundo, que é o alicerce do nosso patriotismo, nosso socialismo e nosso internacionalismo”. Esse conceito arvorado por Fidel expressa que “não existe força no mundo capaz de esmagar a força da verdade e das ideias”.
Durante a jornada de homenagem estão previstos dois atos de massas: o primeiro na terça-feira na Praça da Revolução de Havana, e o segundo no sábado na Praça Antonio Maceo, de Santiago de Cuba, cidade à qual chegarão as cinzas de Fidel após percorrer o país reeditando, em direção inversa, a rota da Caravana da Liberdade de janeiro de 1959. Naquela ocasião, o então líder guerrilheiro encabeçou o comboio pela vitória que partiu de Santiago rumo à Havana, a capital.
Seus restos mortais serão depositados às 7h do domingo no cemitério Santa Ifigênia, ao lado do mausoléu de José Martí. Como dissera o Herói Nacional: “Vai repousar quem deu tudo de si, e fez bem aos outros”.
(Pedro Martínez Pírez, 28 de novembro)