México corrupção

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2017-06-13 12:16:36

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Havana, 13 de junho (RHC) O diretor da Controladoria Geral da Cidade do México, Eduardo Rovelo, afirmou que a corrupção é um mal estrutural, não há maneira de erradicá-la. O máximo que as autoridades podem fazer é mantê-la sob controle, isto é, dentro de limites “toleráveis”.

As declarações ao jornal La Jornada do funcionário que dirige a entidade incumbida de zelar pela transparência da função pública podem ser interpretadas como uma visão realista do flagelo que, segundo ele, tornou-se “consubstancial à sociedade” e, portanto, não tem cura. E também como simples declaração de derrota de um Estado que se cansou de nadar contra a correnteza e prefere se deslizar entre o lixo e a podridão. É uma espécie de “salve-se quem puder” numa embarcação mais esburacada que o famoso Titanic.

Sem dúvida, a corrupção é enorme no México, mas também floresce em outras nações. Temos aí o recente escândalo da empresa brasileira Odebrecht, que meteu dinheiro em boa parte da América Latina em troca de favores, concretamente de contratos que lhe proporcionaram polpudos lucros.

E como qualificar os sujos manejos das instituições bancárias norte-americanas e européias que conduziram o planeta em 2008 a uma das mais profundas e perigosas crises financeiras, cujas conseqüências ainda estamos sofrendo, especialmente em pequenas nações que nada tiveram a ver com o assunto.

De volta ao México, francamente as palavras do senhor Rovelo deixam um sabor amargo. Vale a pena meditar sobre elas.

Nesse país a corrupção tem elevado custo social, moral e econômico. Segundo os analistas, a corrupção faz com que o país perca até 10 por cento de seu PIB.

Do ponto de vista político, o problema enfraquece a autoridade dos governantes. Como pode explicar o presidente Enrique Peña Nieto a seus concidadãos que dois ex-governadores de seu próprio partido - o Revolucionário Institucional- foram detidos por corrupção. Estamos falando em Javier Duarte, do estado de Veracruz, detido na Guatemala, e Roberto Borge, de Quintana Roo, preso no aeroporto do Panamá quando pretendia viajar a Paris.

Provavelmente seja mera casualidade, mas Borge se escondia num apartamento da Torre Trump na capital do Panamá.

A verdade é que há maneiras de eliminar a corrupção. São difíceis, trabalhosas, árduas, mas há. Aparecem, por exemplo, no conceito de Revolução definido pelo líder histórico cubano Fidel Castro em 1º de Maio de 2000.

Fidel disse: Revolução é modificar tudo que deva ser modificado… é desafiar forças poderosas dominantes dentro e fora do âmbito social e nacional; é defender valores nos que se acredita à custa de qualquer sacrifício; é não mentir jamais, nem violar princípios éticos; é convicção profunda de que não existe força no mundo capaz de esmagar a força da verdade e das ideias.

Não sejamos pessimistas. A corrupção pode ser eliminada. A hidra não é invencível.



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