Estados Unidos: quem mente?

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2017-06-15 12:12:18

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Donald Trump desde que assumiu a presidência dos EUA em janeiro passado sempre é destaque na mídia. Para além de suas declarações e ações contra os imigrantes, muçulmanos e mudança climática, a nova mais recente é seu envolvimento num escândalo político.

As recentes declarações perante o Comitê de Inteligência do Senado de James Corney, ex-diretor do FBI – Bureau Federal de Investigações – provocaram comoção política. Há semanas se fala no suposto envolvimento da Rússia nas eleições gerais de novembro do ano passado nos EUA.

Corney declarou que o presidente norte-americano pressionou-o várias vezes para que parasse de investigar os contatos de seu ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn com a Rússia.

Afirmou que as pressões e mentiras de Trump e seu governo levaram-no a vazar suas conversas com o presidente apostando em que as revelações provocariam – como ocorreu de fato – a nomeação de um procurador especial para investigar a suposta intromissão da Rússia no processo eleitoral norte-americano.

Como se sabe, o ex-diretor do FBI foi afastado há pouco mais de um mês. Trump disse primeiro que seu afastamento se devia ao modo em manejou a investigação em torno dos correios eletrônicos da candidata democrata às eleições presidenciais Hillary Clinton, quando era secretária de Estado. Depois, falou que tinha demitido Corney por causa das investigações sobre a Rússia.

A defesa do presidente norte-americano negou que este tivesse ordenado ou insinuado ao ex-diretor do FBI suspender as investigações.

Não se sabe ao certo o que se passou. Para muitos, o próprio Corney é uma personagem controversa. Vale lembrar que faltando apenas 10 dias para as eleições gerais, afirmou que mostraria mais provas sobre o uso que dava a candidata democrata Hillary Clinto ao seu correio eletrônico.

Por enquanto, a Comissão de Inteligência do Senado norte-americano que investiga o caso tem previsto interrogar, no final de junho ou começo de julho, Jared Kushner, genro e conselheiro na Casa Branca do presidente Donald Trump.

Com relação ao escândalo, muitos recordam os ex-presidentes Richard Nixon, que renunciou ao cargo assediado pelo caso de Watergate, e Bill Clinton, que sobreviveu um impeachment quase certo quando mentiu sobre seu romance com a estagiária Mônica Lewinsky.

Alguns acham que a oposição poderia propulsar o impeachment contra o presidente Trump por obstrução de justiça. Sem dúvida, tal ideia poderia deparar com obstáculos, o principal deles é que os republicanos dominam as duas Câmaras do Congresso.

A Constituição deixa em mãos da Câmara de Representantes a apresentação do impeachment contra um presidente norte-americano. Contudo, se houvesse tal julgamento político, a decisão de afastar ou não o presidente da Casa Branca correria por conta do Senado.

Momentaneamente, os ventos sopram contra Trump. Uma pesquisa da Gallup, realizada em abril passado, revela que só 36% dos norte-americanos julgam o presidente “homem honesto e digno de confiança”.  (M.J. Arce)



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