Por Maria Josefina Arce
“Ao nosso país, que sofre ferrenho bloqueio, não lhe sobram recursos, em verdade falta tudo, porém está disposto a compartilhar sua pobreza com os que têm menos”, afirmou o presidente cubano Raúl Castro.
Certamente, Cuba transformou a solidariedade em prioridade de sua política internacional apesar de as medidas coercitivas dos EUA limitarem o desenvolvimento econômico do povo.
Na ONU, nações membros desse organismo internacional destacaram que desde a entrada de Cuba e de sua política solidária na palestra mundial, os países contam com um exemplo de entrega e compromisso com a humanidade.
Ao longo dos anos, desde a vitória da Revolução, Cuba não deixou de prestar sua ajuda aos que a necessitassem. Merece destaque o trabalho dos profissionais cubanos da saúde que levam mais de 50 anos contribuindo para elevar os indicadores sanitários e salvar numerosas vidas em diferentes cantos do planeta mediante a cooperação médica internacional.
Os médicos cubanos estiveram presentes na luta contra duas epidemias que abalaram o mundo: a cólera no Haiti, após o devastador terremoto em 2010, e o ebola, na África Ocidental.
No Haiti, os médicos cubanos já prestavam serviços muito antes do terremoto. No caso do ebola, Cuba foi a primeira nação em responder a chamada da ONU e da Organização Mundial da Saúde para combater a enfermidade. Os 250 profissionais que foram à África salvaram a vida de mais de 400 pessoas em Serra Leoa, Guiné e Libéria em apenas cinco meses.
O valioso trabalho cubano foi reconhecido em numerosas ocasiões. A Organização Mundial da Saúde entregou o Prêmio da Saúde Pública ao contingente médico cubano Henry Reeve, em reconhecimento ao seu trabalho solidário internacional no enfrentamento a desastres naturais e epidemias graves.
Desde sua criação, em 2005, por iniciativa do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, o contingente esteve presente em todos os países vítimas de desastres naturais, como terremotos e inundações.
A solidariedade também se expressa no setor da educação, em que contribuiu para a luta contra o analfabetismo no mundo colocando em prática, em numerosas nações, o método cubano YO SI PUEDO, com o qual perto de dez milhões de pessoas aprenderam a ler e escrever.
Igualmente, contribuiu para a formação de mais de 56 mil profissionais de 138 países, ao espírito de acordos governamentais.
A especialista independente em direitos humanos e solidariedade internacional das Nações Unidas, Virginia Dandan, em sua recém finalizada visita a Cuba, destacou a formação de recursos humanos estrangeiros em Cuba e a experiência do país nessa esfera.
Baseada na vocação solidária do povo cubano e de sua Revolução e no princípio de não dar o que sobre, e sim compartilhar o que tem com os necessitados, Cuba levou esperança e vida a muitas nações do mundo.