Jovens de todas as latitudes se fundiram num abraço solidário, mas também de compromisso em favor das causas justas, no 19º Festival Mundial da Juventude e os Estudantes na cidade russa de Sochi.
No evento se escutaram chamamentos em defesa da paz e da justiça social e contra todo tipo de colonialismo. Também prestou-se homenagem ao líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, e ao comandante guerrilheiro Ernesto Che Guevara.
Durante o Festival da Juventude sessionou o Tribunal Antiimperialista, no qual os EUA foram julgados por sua política de dominação global. Oradores de vários países denunciaram os golpes de Estado promovidos pelo governo norte-americano, o apoio a regimes fascistas e as medidas unilaterais que atentam contra o desenvolvimento dos povos.
Em Sochi esteve o patriota porto-riquenho Oscar López Rivera, que passou grande parte de sua vida preso em cárceres dos EUA por lutar pela soberania dessa ilha caribenha, hoje em status neocolonial. Outra personalidade foi Fernando González, um dos cinco cubanos que ficaram mais de 15 anos confinados em cárceres norte-americanos por lutarem contra o terrorismo.
Na delegação estava Elian González, que quando era menino foi sequestrado por parentes ligados à extrema-direita em Miami e devolvido a seu pai em Cuba após longa campanha internacional. Ele é considerado um das vítimas da chamada Lei de Ajuste Cubano, que promove a emigração ilegal rumo aos EUA ao conceder privilégios aos que chegam lá procedentes desta nação.
No Tribunal, os participantes expressaram seu respaldo ao povo cubano, submetido há mais de meio século ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelas autoridades norte-americanas. Aliás, no marco do Festival realizou-se um fórum contra o bloqueio. Nele, os assistentes exigiram o fim dessa política desumana que tem ocasionado dor e sofrimento aos cubanos.
Vozes de todas as partes do mundo se ergueram para destacar que Cuba, apesar do injusto bloqueio, sempre estendeu sua mão generosa e amiga a outros povos. A delegação cubana levou a Sochi uma exposição fotográfica sobre Fidel Castro, que mostrou aspectos da vida do líder da Revolução.
Os mais de 20 mil jovens de mais de 180 países que participaram do Festival se envolveram em debates acadêmicos e científicos, além de encontros esportivos.
O evento representou um espaço necessário para a troca de opiniões sobre assuntos políticos, sociais e culturais, demonstrando que as novas gerações estão chamadas a prosseguir a luta contra as desigualdades provocadas pelo sistema capitalista.
Entre esses jovens se forjaram laços verdadeiros de amizade. Vencendo as barreiras de idioma e cultura, eles se uniram para lutar juntos por um mundo mais justo e equitativo, onde todos tenham direito à saúde e educação. (M.J. Arce, 23 de outubro)