Por Maria Josefina Arce
Salvador da Bahia, no Brasil, é a sede da nova edição do Fórum Social Mundial, um espaço reservado para articular ações e novas vias de luta contra a campanha que, em nível mundial, e principalmente na América Latina, realiza a direita para reinstaurar o neoliberalismo.
Dezenas de milhares de pessoas de diferentes segmentos da sociedade civil insistem em procurar serem ouvidas em meio à situação complicada na que a oligarquia está tentando retomar o poder seja como for.
E o Brasil é um claro exemplo disso. Os brasileiros, governados hoje por elementos reacionários e corruptos, estão vendo como se evaporam as conquistas sociais dos últimos anos alcançadas nos sucessivos governos do PT.
O Fórum Social, que finaliza em 17 de março, tem importância especial, porquanto este movimento de luta contra as desigualdades e a injustiça social foi articulado justamente no Brasil, em 2001, na cidade de Porto Alegre.
Para os participantes de encontros anteriores, o de Salvador será um Fórum excelente, pois acontece numa situação política mundial e regional muito grave, e este encontro é um valioso espaço de reflexão.
Rita Freire, fundadora do Fórum, considera imprescindível a necessidade da unidade na diversidade para aspirar a vitórias sociais.
Para a ativista social, a volta do Fórum Social Mundial a casa é um acontecimento extraordinário, fruto de uma sociedade civil convencida de proteger seus espaços de voz e resistência.
Seus organizadores afirmam que cada um dos participantes é progonista da troca de experiências e busca de alternativas a este sistema hegemônico de exploração mundial.
Em Salvador da Bahia se escutam as vozes das mulheres, dos povos autóctones, dos negros, da juventude e dos sem teto, de todos que reivindicam seus direitos à saúde, à educação, acesso à água, à vida digna.
O Fórum foi convocado com escassos recursos, porém ninguém duvida de seu êxito. Espera-se a presença, nesta 13a edição do evento, dos ex-presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; da Argentina, Cristina de Kirchner; do Uruguai, José Mujica e do Paraguai, Fernando Lugo.
Como de costume, o encontro começou com uma grande passeata, na última segunda-feira, entre Campo Grande e a histórica praça Castro Alves, no centro da capital de Bahia, o estado que congrega a maior população negra do Brasil.