O que alguns querem ocultar da Aliança do Pacífico

Editado por Juan Leandro
2014-02-26 14:47:31

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Embora alguns tratem de apresentar a polêmica Aliança do Pacífico como beneficiosa para os países membros, analistas e dirigentes sindicais colocam que constitui a pior opção do ponto de vista comercial.

Em nações como a Colômbia, a entrada nesse mecanismo gerou protestos de vários setores, principalmente o agrário. A Sociedade de Agricultores considera que é o “pior tratado comercial”, porque os produtores locais ficam desprotegidos diante da importação de alimentos.

Muitos acreditam que constitui outro passo na instauração do modelo neoliberal, que não leva em conta os mais pobres e marginalizados. Denunciam que responde mais aos interesses dos EUA do que aos dos países da região, ao colocar como condição prévia a assinatura de um tratado de livre comércio com esse país.

Dessa maneira, o governo norte-americano busca reverter o fracasso do projeto de criação da ALCA, Área de Livre Comércio para as Américas, de teor neocolonial, enterrada definitivamente em 2005. Também, frear o processo de integração em curso na região.

Não é um segredo que os EUA não vêem com bons olhos a situação atual na América Latina, cuja unidade foi reforçada com a realização no final de janeiro, em Cuba, da 2ª Cúpula da CELAC, Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos.

Agora, a Costa Rica se tornou alvo de uma nova polêmica, ao ser aprovada sua entrada na Aliança do Pacífico, a ser efetiva em breve. Do bloco já fazem parte o Chile, Colômbia, México e Peru. Amplos segmentos da sociedade costarriquenha criticam a medida, arvorando que o país tem o segundo maior índice de desemprego no continente, mais de oito porcento, e esse problema poderia se agravar.

José Maria Villalta, ex-candidato presidencial pela Frente Ampla, denunciou essa política, baseada em vender tudo e deixar que o povo pague as consequências.

Muitos não concordam com essa liberalização do comércio, promovida pelos EUA através da Aliança. Um dos argumentos é facilitar o acesso dos consumidores a produtos mais baratos, porém, às custas de sacrificar o emprego e o crescimento da economia local.

Como dissera o presidente do Equador, Rafael Correa: a Aliança do Pacífico não constrói cidadania, e sim consumidores.

(M.J. Arce, 26 de fevereiro)



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