O CIREN, Centro Internacional de Restauração Neurológica, situado em Havana, a capital de Cuba, acaba de cumprir 25 anos de funcionamento. Nesse período, devolveu a esperança a pacientes de mais de 90 países.
Os especialistas da instituição atenderam 116 mil pessoas desde sua inauguração. É o único centro do seu tipo na América Latina, e conta com a mais moderna tecnologia para tratar o mal de Parkinson, considerada a segunda enfermidade neurodegenerativa mais frequente no mundo. No CIREN já foram feitas mais de 600 cirurgias contra o Parkinson, com eficácia superior a 90%.
Os programas aplicados são intensivos, personalizados e integrais, relacionando pesquisa, diagnóstico, tratamento, cirurgia e reabilitação. O trabalho de pesquisa e assistencial permitiu utilizar células tronco autônomas na terapia de um tipo de AVC, acidente vascular cerebral, e em procedimentos para as epilepsias refratárias e as ataxias.
Apesar das dificuldades e restrições impostas no setor da saúde pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, vigente há mais de 50 anos, o CIREN se mantém na vanguarda em termos de neurologia restaurativa. Seus resultados científicos e clínicos são reconhecidos em nível internacional e contribuem a elevar o prestígio do sistema de saúde cubano, gratuito e universal.
Seu diretor, o doutor Emilio Villa, explica que os tratamentos se baseiam em estritos conceitos éticos e na relação médico-paciente, além de não alimentar falsas expectativas. As terapias são aplicadas somente nos casos em que é possível alcançar alguma melhoria concreta.
O Centro Internacional de Restauração Neurológica é um exemplo claro do avanço da ciência em Cuba, e da colaboração com médicos e instituições de outros países na esfera das neurociências.
(M.J. Arce, 27 de fevereiro)