Por: María Josefina Arce
Não ao bloqueio norte-americano contra Cuba! Exclamou a maioria das nações membros da ONU, que votou no projeto de resolução apresentado, na quinta-feira, pela delegação cubana sobre a necessidade de pôr fim a essa medida.
Foram inúteis as manobras de Washington: 189 países se posicionaram contra o bloqueio, essa política hostil endurecida pelo governo de Donald Trump. De março de 2017 a abril de 2018 essa medida provocou prejuízos a Cuba calculados em mais de quatro bilhões de dólares.
Como de costume, os Estados Unidos só contou com o apoio de seu aliado incondicional: Israel. Não houve abstenções e só se ausentaram duas delegações.
As oito emendas propostas pelos Estados Unidos para manipular a opinião pública foram derrotadas. Por vasta maioria, um a um, os projetos norte-americanos foram rejeitados em igual número de votações na Assembleia Geral das Nações Unidas.
O chanceler cubano Bruno Rodriguez - em discurso emotivo e categórico pela solidez dos argumentos - afirmou que não se pode contabilizar o prejuízo e o sofrimento humano causado por uma política que os Estados Unidos teima em manter apesar da rejeição internacional.
Nessa direção, assinalou que em 2017, em Cuba, 224 pessoas para cada 100.000 habitantes morreram por não contar com os medicamentos e tratamentos médicos inviabilizados pelo bloqueio econômico, que desrespeita o exercício do direito à livre determinação, à paz, ao desenvolvimento, à segurança e à justiça do povo cubano.
O chanceler cubano afirmou que as emendas foram uma artimanha desonesta dos Estados Unidos para prolongar e cansar a Assembleia boicotando assim o processo de votação.
No dia anterior, já se escutava na plenária da ONU a rejeição de muitos oradores às propostas norte-americanas, que foram vistas como uma tentativa de desviar a atenção do bloqueio, que viola os direitos humanos mais elementares do povo cubano.
Porém, os Estados Unidos insiste em sua errada estratégia e fazendo ouvidos moucos ao clamor da grande maioria no mundo, e do próprio povo norte-americano, confirmou na Assembleia Geral que o bloqueio continua arguindo supostas violações dos direitos humanos na Ilha.
Mal aconselhado por pessoas retrógradas e hostis, os Estados Unidos acabou de novo sozinho, não entende que está só no tema de Cuba, uma nação independente e soberana na que, como afirmou o chanceler cubano em seu discurso, não há, nem haverá espaço para a intromissão de uma potência estrangeira.