Por: Maria Josefina Arce
A Faixa da Rota da Seda é uma alternativa frente ao unilateralismo dos EUA e suas medidas protecionistas que prejudicam o comércio e as relações internacionais.
A iniciativa implementada pela China busca propulsar o crescimento econômico mundial e criar uma nova plataforma para a cooperação econômica internacional.
O chanceler chinês Wang Yi considera que esta é a ocasião propícia para construir uma rede de alianças mais estreitas; focalizar a ecologia e a integridade, propulsar o intercâmbio cultural e a cooperação que possam garantir o desenvolvimento próspero e sustentado das nações.
A Faixa da Rota da Seda despertou o interesse de inúmeras nações, entre elas Cuba. Até agora, 124 nações e 29 organizações internacionais fecharam acordos com este megaprojeto apresentado em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping.
Um de seus feitos mais importantes é a linha férrea Yiwu-Madri, a mais comprida do mundo com 13 mil quilômetros, que atravessa China, Cazaquistão, Rússia, Bielorússia, Polônia, Alemanha e França até chegar à Espanha.
O mencionado projeto é muito bem visto. Prova disso é a vasta participação do Segundo Fórum da Faixa e Rota da Seda, que aconteceu na semana passada em Pequim, a capital da China.
Delegados de 150 países, 90 organismos internacionais e 300 ministros prestigiaram o encontro, em que Cuba esteve presente com delegação de alto nível capitaneada por Gladys Bejerano, vice-presidente do Conselho de Estado e Controladora Geral da República.
Ao fazer uso da palavra no subfórum Rota da Seda Transparente, Bejerano confirmou que Cuba deseja contribuir para que a iniciativa cresça forte, com eficiência, transparência, e probidade ética, com vontade de manter e ampliar a cooperação internacional na luta contra a corrupção.
Cuba também compareceu à primeira edição deste fórum, em 2017. Daquela feita, a delegação cubana tinha sido encabeçada por Jorge Luis Perdono, vice-ministro primeiro de Comunicações, quem viu nessa iniciativa grandes possibilidades de desenvolvimento para o mundo.
Cuba e China mantêm excelentes relações em diferentes áreas. No aspecto político, têm muitos pontos em comum, portanto, a inserção da Ilha nesse merco de cooperação beneficia ambos os povos.
Havana consolidou fortaleceu sua ligação a esse projeto ao assinar, em novembro de 2018, um acordo bilateral para a cooperação no Marco da Faixa Econômica da Rota da Seda e da Faixa Marítima, durante a visita que realizara o presidente cubano Miguel Diaz-Canel à China.
No mundo de hoje, onde as políticas protecionistas e as sanções econômicas contra as nações ganham força, a iniciativa chinesa busca eliminar barreiras ao comércio e estreitar os laços multilaterais para avançar no desenvolvimento econômico e social dos povos e formar uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade toda.