M.J. Arce
O compromisso de Cuba e seus vizinhos do Caribe com a ampliação da colaboração e a união de esforços para enfrentar os desafios comuns ficou claro durante a viagem do chanceler Bruno Rodríguez por vários países da região.
Em Trinidad e Tobago, Santa Lúcia, Guiana e Barbados, Rodríguez manteve um diálogo franco e aberto com as autoridades locais. Nos encontros manifestou-se a amizade entre ambas as partes, forjada a partir de raízes comuns, o respeito mútuo, a solidariedade, a cooperação e a complementação.
Esses laços têm desafiado as pressões e chantagens dos EUA desde que, na década de 1970, as nações caribenhas decidiram estabelecer relações diplomáticas com Cuba, assumindo uma postura corajosa e soberana.
Na 5ª Cúpula das Américas, realizada em 2009 em Trinidad e Tobago, os países do Caribe se juntaram a outros da América Latina para exigir a participação desta Ilha na reunião hemisférica, barrada por Washington. Essa postura foi mantida, e anos depois, em 2012, na Cúpula de Cartagena de Índias, os primeiros ministros de Antigua e Barbuda, Jamaica, Saint Kitts e Nevis e Santa Lúcia fizeram discursos enérgicos defendendo a presença cubana no encontro continental.
Recentemente, no marco da 6ª Cúpula Cuba – CARICOM, Comunidade do Caribe, realizada na Guiana, ficou evidente a disposição dos governos desta área de continuar aprofundando os laços em favor do desenvolvimento e bem-estar dos povos.
Também houve referência ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba há quase seis décadas, e à necessidade de pôr fim a essa política agressiva. Os participantes condenaram a ativação do título Três da lei norte-americana Helms – Burton, que dificulta aos cubanos alcançarem seu propósito de construir uma sociedade mais justa e equitativa.
Na reunião, o chanceler cubano ratificou a disposição deste país de colaborar e compartilhar seus avanços com as demais nações desta área. “Temos uma dívida de gratidão pelo histórico e solidário respaldo da CARICOM”, indicou Rodríguez.
Como afirmara o líder histórico da Revolução cubana: “Nenhuma circunstância fará variar o interesse e a disposição de Cuba de aprofundar os laços de amizade e cooperação com as irmãs nações do Caribe. Não pouparemos esforços para alcançar a integração regional e a unidade dos nossos povos”.