M.J. Arce
Bayamo, cidade do leste de Cuba que se tornou símbolo de rebeldia dos habitantes desta Ilha, foi consumida pelas chamas em 1869 para que não caísse nas mãos das tropas do então regime colonial espanhol.
Nesta sexta-feira, foi cenário do ato central pelo 26 de Julho, data em que, em 1953, um grupo de jovens revolucionários liderado por Fidel Castro atacou o quartel Moncada, em Santiago de Cuba, e outro o quartel Carlos Manuel de Céspedes, nessa localidade.
Hoje, milhares de pessoas se reuniram ali para prestar homenagem aos protagonistas daquelas ações, de significação especial para várias gerações de cubanos. Os ataques, falidos do ponto de vista militar, foram o motor impulsor da Revolução que, aliás, começou a gestar-se no século 19 quando Carlos Manuel de Céspedes, o Pai da Pátria, deu a liberdade a seus escravos e convocou à guerra contra os colonialistas espanhóis.
Inspirados no exemplo de Céspedes e de muitos outros próceres cubanos e nas ideias do Herói Nacional, José Martí, os jovens liderados por Fidel abriram em 1953 o caminho para a luta armada pela libertação nacional, com uma coragem e ousadia sem limites.
Os participantes dos ataques ao Moncada e ao Céspedes deram um grito de liberdade no leste do país, e viabilizaram para Cuba e para o resto do mundo a resistência e as ânsias libertárias que nunca abandonaram o povo desta nação.
Horas antes de partir à ação revolucionária, Fidel expressou: “Companheiros. Poderão vencer amanhã ou serem vencidos, mas de toda maneira este movimento triunfará. Se vencerem amanhã será o que aspirou Martí. Se não, o gesto servirá de exemplo ao povo de Cuba”.
Nesta sexta-feira, Bayamo reviveu momentos insignes de sua história, noutro contexto e situação. Ao longo dos anos a cidade tem sido testemunha de um amplo processo construtivo que possibilitou a entrega de obras econômicas e sociais de grande impacto.
Escolas, consultórios do médico da família, fábricas, novas moradias e uma rede completa de dutos de água fazem parte da paisagem atual da capital da província de Granma. A cidade é hoje espelho das profundas transformações em curso no país para avançar rumo a um socialismo próspero e sustentável, e à elevação do nível de vida de seus cidadãos.
Nesse processo, não isento de dificuldades como o endurecimento do bloqueio norte-americano, é essencial o esforço da população. Como afirmara em recente visita à localidade o presidente Miguel Díaz-Canel, “esta cidade é muito importante, porque em Bayamo está a seiva da Revolução”.