M.J. Arce

Há mais de 40 anos surgiu o Foro das Ilhas do Pacífico com o propósito de incentivar a economia, política e segurança da região através da colaboração e a integração. O bloco é formado por 16 países e mais dois em caráter de associados. Desde 1989 faz uma reunião anual da qual participam parceiros de diálogo com os que mantém relações.

Nesta semana, Tuvalu foi sede da edição 50 do evento regional, no qual Cuba esteve presente como convidada. O gesto foi altamente avaliado pelas autoridades cubanas. No Twitter, o chanceler Bruno Rodríguez disse que o país considera de alta importância os laços de amizade e colaboração com os Estados insulares do Pacífico.

Desde 2013, Cuba tem a condição de parceiro de diálogo. Aliás, mantém relações diplomáticas com todos os países do bloco e compartilha a preocupação ante a ameaça da subida do nível das águas do mar por causa do aquecimento global.

Nesta reunião, a delegação cubana mostrou suas experiências em matéria ambiental, especialmente a chamada Tarefa Vida, um programa governamental encaminhado a enfrentar as mudanças climáticas. O plano está baseado em rigorosas pesquisas científicas, sendo implementado através de investimentos progressivos a curto, médio e longo prazo, de acordo com a disponibilidade de recursos.

Entre suas prioridades está transferir aos poucos a população que mora em zonas baixas do litoral vulneráveis à subida do nível do mar, a recuperação de praias e zonas de bosque, e a introdução de variedades resistentes na agricultura.

Cuba ratificou a disposição de colaborar com as ilhas do Pacífico nessa matéria, levando em conta que já existem laços desse tipo em setores como o da saúde pública. A delegação foi recebida por Dame Meg Taylor, secretária-geral do Foro. No encontro abordou-se a possibilidade de estender a cooperação a setores como a biotecnologia e o esporte, nos quais Cuba tem prestígio mundial.

Brigadas médicas cubanas trabalham em Kiribati e Vanuatu. Em março do ano passado assinou-se um acordo de colaboração com Mauru na esfera da saúde. Além disso, mais de 150 jovens dessas ilhas se formaram em faculdades de Cuba nos últimos anos, e um número significativo está matriculado neste instante.

As autoridades cubanas têm reiterado seu compromisso de contribuir para melhorar a qualidade de vida dos habitantes dessa região, que sempre poderão contar com a solidariedade deste país.