M.J. Arce

Cuba anunciou novas medidas para propulsar a economia e, ao mesmo tempo, atender à demanda da população no panorama atual em que o país experimenta o endurecimento do bloqueio dos Estados Unidos em vigor há quase 60 anos.

No programa radiofônico e televisivo Mesa Redonda, as medidas em questão foram explicadas detalhadamente pelo vice-presidente cubano, Salvador Valdés, o ministro da Economia e Planejamento Alejandro Gil e a ministra de Finanças e Preços, Meisi Bolaños, entre outros membros do governo.

As medidas objetivam satisfazer, em primeiro lugar, a procura de eletrodomésticos e peças de automóveis que, hoje em dia, são adquiridos pelos cubanos em outras nações e comercializados de maneira irregular em território nacional.

Várias lojas serão habilitadas para a venda desses produtos que contarão com garantia comercial e as vantagens de manutenção e conserto.

O propósito é captar moeda conversível para o país quando o governo do presidente norte-americano Donald Trump endurece o cerco financeiro e limita o envio de remessas de dinheiro.

A implementação das novas disposições está encaminhada a propulsar a indústria cubana, cujo potencial, apesar de contar com investimentos, não alcança o nível desejado devido a dificuldades de financiamento.

Vale lembrar que o dinheiro que arrecada o país é destinado pelas autoridades principalmente a setores como a educação e saúde, que o povo recebe de graça e aos que têm acesso todos os cidadãos.

É bom clarificar, também, que a importação dos artigos anteriormente mencionados não será proibida. Simplesmente se dá uma nova opção para os cubanos satisfazerem suas necessidades.

As medidas são fruto de profundas análises em que foram levadas em conta opiniões da população.

O comércio eletrônico também será estimulado com vendas online e outras modalidades no quadro da informatização da sociedade cubana, uma estratégia das autoridades.

Satisfazer a procura da população e, ao mesmo tempo, propulsar a economia em meio ao endurecimento do bloqueio é a essência das novas medidas. Como dissera o ministro da Economia e Planejamento: é preciso ter visão de resistência, e também de desenvolvimento.