Parem a guerra!

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-04-01 12:23:02

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Por: Guillermo Alvarado

O papa Francisco aderiu à chamada de Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, para silenciar as armas, cessar os bombardeios e declarar o cessar-fogo em todo o planeta concentrando os esforços no combate à ameaça que representa a pandemia da Covid-19.

Guterres tinha assinalado que a agressividade do vírus demonstra a loucura da guerra e insistiu em que, hoje, a humanidade deve se centrar na luta pela vida.

Recentes estatísticas revelam que há mais de 600 mil contagiados em todo o mundo e o número de mortos supera 30 mil. As informações mostram que a ameaça não respeita fronteiras, classes sociais nem posição econômica.

Contudo, há setores que são mais vulneráveis que outros e temos, entre os mesmos, as vítimas dos conflitos armados, os submetidos à ocupação militar e os milhões de deslocados e refugiados.

Por exemplo, os iemenitas que são vítimas de uma guerra absurda; os afegãos, cujo país é dominado por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos; os iraquianos, os palestinos, os deslocados sírios e rohinjas que vivem em condições infra-humanas e sem possibilidades de sobreviver se foram atingidos pelo vírus.

No último domingo, depois de uma missa no Vaticano, o papa mencionou outro grupo humano em risco por causa da doença: os que são obrigados a viver em grupos nos lares de idosos, os quartéis e as prisões.

Seria bom adicionar os que vivem na pobreza extrema e não podem cumprir as medidas básicas recomendadas para cortar a rede de transmissão, em primeiro lugar, os sem-teto, e os milhões que não conseguem lavar as mãos porque não tem água, nem sabão.

Com um mínimo dos bilhões de dólares que se gastam todos os dias nas guerras, o destino dessas pessoas poderia mudar completamente.

As chamadas do secretário-geral da ONU e do papa Francisco provavelmente tenham sido em vão; até agora não há nenhum sinal de que a tragédia universal que significa a Covid-19 tenha abrandado a sensibilidade de governantes.

Donald Trump, por exemplo, está aproveitando para endurecer suas agressões contra Irã, Cuba e Venezuela, pensando talvez em que a pandemia consiga o que não conseguiram as sanções. Grave erro se pensa assim.

Trump não tem misericórdia nem sequer de seus compatriotas, porque ao negar-se a declarar a quarentena em Nova York, está condenando à morte dezenas de milhares de norte-americanos.

Parar a guerra poderia dar uma oportunidade à nossa espécie, mas quão longe estamos de que isso ocorra.



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