Por Maria Josefina Arce
Encarar a difícil situação criada pela Covid-19 em nível mundial, que se multiplica para Cuba devido ao endurecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro durante o governo do presidente norte-americano Donald Trump, é o objetivo da estratégia econômica e social aprovada pelo Conselho de Ministros.
O programa visa reaquecer a economia do país em setores essenciais para continuar trabalhando pelo bem-estar da população, levando em conta primeiramente o panorama atual e futuro que os organismos especializados tacham de complicado e grave.
A CEPAL – Comissão Econômica da ONU para América Latina e o Caribe – avisou que a região sofrerá a pior contração de sua economia nos últimos 100 anos. A entidade estima que o marasmo da atividade econômica seja de tal magnitude que o Produto Interno Bruto despencará 9,1 por cento até o fim do ano.
Como se não bastasse, Cuba enfrenta uma situação excepcional por causa do endurecimento das ações hostis dos Estados Unidos, que vão desde a perseguição financeira, corte nas remessas de dinheiro, sanções a empresas estrangeiras que fazem negócios com a Ilha, até campanhas de difamação contra a gestão do governo com o propósito de criar caos e descontentamento.
O programa é produto de uma análise exaustiva e leva em conta as opiniões da população. Além disso, se sustenta em documentos aprovados no 7º Congresso do Partido Comunista de Cuba, realizado em abril de 2016: o Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social até 2030 e as Diretrizes da Política Econômica e Social.
A estratégia compreende 16 áreas chave, tem um enfoque integral e princípios que traçam o caminho a seguir para propulsar a economia. Em primeiro lugar, insiste em desterrar a mentalidade importadora e fortalecer a indústria nacional, que deve se converter no principal fornecedor de bens e serviços para o povo.
O Ministro da Economia e Planejamento Alejandro Gil Fernández explicou que os princípios abrangem, entre outros: manter a planificação centralizada, dotar de maior autonomia de gestão o setor empresarial e incentivar a competitividade, a poupança e a motivação pelo trabalho.
O país vem trabalhando com afinco, especialmente nestes meses tão complicados, e a estratégia econômica e social aprovada segue esse caminho para continuar avançando rumo a um desenvolvimento sustentável e mantendo o princípio de justiça social que é a essência da Revolução e da que, como afirmou o presidente cubano, ninguém deve duvidar, porque jamais, nem nas condições mais difíceis, cidadão algum foi deixado ao desamparo.