Estados Unidos continuam em recessão

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-08-31 11:50:03

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Foto: Archivo/RHC.

Por Guillermo Alvarado

A economia dos Estados Unidos, reconhecida como a maior do mundo, caiu 9,1 por cento de abril a junho deste ano, o que confirma a recessão em consequência da pandemia de Covid-19 que atormenta aquele país.

Assim, continua o ciclo negativo que tinha sido declarado formalmente em fevereiro passado pelo Escritório Nacional de pesquisa Econômica, organismo que acompanha a evolução dessa atividade.

Como se sabe, um país entra em recessão quando seu Produto Interno Bruto – PIB – é negativo durante seis meses consecutivos devido à contração de diferentes setores, como a indústria, a agricultura, a construção ou o consumo interno.

O declínio na taxa de crescimento econômico não ocorria desde 2009, depois de finalizar a crise financeira global, quando começou uma fase de florescimento de 128 meses de duração. Donald Trump foi o herdeiro dessa prosperidade e simplesmente se apropriou dos bons resultados querendo convencer todos que era obra de seu governo.

A chegada da pandemia – que Trump desdenhou nos primeiros meses, o que acabou multiplicando os contágios – pôs fim a prosperidade, apesar de o presidente ter se negado a declarar uma quarentena generalizada.

Um boletim do Escritório de Análise Econômica revela que a contração do PIB foi reflexo do slogan “Fique em Casa”, usado em março e abril por alguns governadores para conter o vírus.

Embora muitas empresas permanecessem abertas ou adotassem o trabalho a distância, a maioria das famílias, e outros consumidores, cancelaram, restringiram ou reorientaram suas despesas.

É verdade que o governo aprovou pacote de ajuda financeira de 2,2 trilhões de dólares – o maior na história do país -, mas foi insuficiente para estimular a enfraquecida economia, em primeiro lugar porque a doença se espalhou praticamente sem controle pelo país todo.

O desemprego alcançou níveis nunca vistos em um século e, apesar de uma leve recuperação, se manteve o número de um milhão de pessoas pedindo ajuda em cada uma das duas últimas semanas.

Os dados colocam o presidente Trump contra a parede, agora que começa a fase final da corrida rumo à Casa Branca depois das convenções dos dois principais partidos: o Democrata e o Republicano.

Para conservar seus eleitores, portanto, é bem provável que agora endureça seus ataques contra os migrantes e agite cada vez com mais força o fantasma de uma esquerda radical ou socialista, que, naquele país, só existe em sua imaginação.

 



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