Por: Maria Josefina Arce
Em setembro de 1995 foi aprovada a histórica Declaração e Plataforma de Pequim, na capital da China. O documento é tido como o projeto mais progressista na promoção dos direitos da mulher.
Embora tenham sido atingidos certos avanços, vinte e cinco anos depois ainda falta alcançar a igualdade de gênero em todas as dimensões da vida.
A Covid-19 coloca em risco muitas conquistas e afeta mais este segmento populacional, advertiu a ONU na reunião de alto nível realizada para comemorar o 25º aniversário da 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher em Pequim.
O organismo internacional estima que 47 milhões de mulheres e meninas vivam em extrema pobreza em 2021 por causa do impacto socioeconômico da pandemia.
Cuba chega a esse encontro com inquestionáveis feitos, porém ciente de que é preciso continuar fortalecendo as ações, porquanto subsistem manifestações machistas.
O líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, disse certa feita que “sem a mulher a obra da Revolução não teria sido possível”, o que resume o lugar que ocupam, hoje em dia, as mulheres em cada espaço da vida econômica e social do país.
A nova Constituição, aprovada no ano passado, mantém e confirma o princípio de igualdade e não discriminação.
Em Cuba, são mulheres 82 por cento dos professores, 62 por cento dos médicos e 53,2 por cento dos trabalhadores no sistema das ciências, inovação e tecnologia.
O Parlamento cubano tem vasta representação feminina. Mais de 53 por cento das cadeiras são ocupadas por mulheres, e elas compõem 47,6 por cento dos membros do Conselho de Estado.
De resto, elas têm direito, como todos os cidadãos, à educação e à saúde que o Estado garante a todos gratuitamente.
Em inúmeras ocasiões, organismos internacionais reconheceram Cuba por seus feitos em matéria de igualdade de gênero, especialmente os ligados à incorporação das mulheres às atividades produtivas, e à proteção de seus direitos sexuais e reprodutivos.