Por: Maria Josefina Arce
A devolução do território que os Estados Unidos ocupam ilegalmente na baía de Guantánamo é uma antiga e justa exigência de Cuba, bem assim a cessação do bloqueio econômico, comercial e financeiro.
Cuba denunciou muitas vezes que a permanência dos EUA numa porção do solo cubano contra a vontade do povo e governo da Ilha é uma afronta à dignidade e à soberania.
Estados Unidos, que incluiu em dias recentes Cuba mais uma vez na lista de países patrocinadores de terrorismo, realizou desde a base naval de Guantánamo intensa atividade subversiva e terrorista.
O povo cubano tem sido agredido de diferentes maneiras a partir dessa base. Em 1961, tinha saído daquele lugar o grupo que atacou a refinaria de petróleo de Santiago de Cuba fazendo mortos e feridos.
Este é apenas um exemplo das constantes provocações e ações contra a Revolução Cubana, nas que também se insere o apoio aos grupos contra-revolucionários.
A presença ilegal norte-americana na baía de Guantánamo – que garante a Washington seu predomínio militar na área – contradiz a Declaração da América Latina e o Caribe como zona de paz, formulada em 2014, em Havana, na Segunda Reunião de Cúpula da CELAC – Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos --.
Além disso, desde 2002, como parte de sua suposta luta contra o terrorismo, quando dos ataques ao território norte-americano em setembro de 2001, Washington criou uma prisão na base naval de Guantánamo.
Esse centro acabou sendo célebre pelas humilhações e maus-tratos praticados contra os prisioneiros. Aliás, 40 deles continuam detidos nesse lugar num limbo jurídico.
É vergonhoso que haja uma prisão dessas nesse lugar, instalada num país que tem sido reconhecido internacionalmente por garantir os direitos humanos básicos a seus cidadãos.
Um grupo de especialistas em direitos humanos da ONU acaba de exortar os EUA a fechar a prisão, um lugar, assinalaram, de arbitrariedades e abusos.
Os relatores insistem em que é uma vergonha para EUA e a comunidade internacional a mera existência dessa prisão, onde se nega a justiça.
Cuba tem o direito de receber de volta esse território, usurpado por EUA e que constitui uma ameaça para a integridade, a soberania da Ilha, e para a paz e a estabilidade da região.