Por: Guillermo Alvaradoi
A Organização Mundial da Saúde OMS foi informada de novos casos de ebola que apareceram recentemente na Guiné, onde em dezembro de 2013 tinha começado a maior epidemia conhecida até hoje e se espalhou por outros países da África Ocidental.
Uma mensagem nas redes sociais do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon Ghebreyesus, explica que a organização está fazendo um diagnóstico para determinar o rumo a seguir.
O ministro da Saúde da Guiné, Rémy Lamah, disse estar preocupado e revelou que há, ao menos, quatro mortos de ebola, uma doença muito contagiosa e mortal.
A notícia é revelada no pior momento, quando o mundo concentra seus esforços no combate à pandemia da Covid-19 que já contagiou 109 milhões de pessoas, das quais 2,41 milhões morreram.
Embora África não seja o continente mais atingido pela Covid-19, na Guiné – com 12,7 milhões de habitantes – há registrados uns 15 mil casos e 85 mortos, um número bastante elevado se levarmos em conta que o Estado não investe quase nada em Saúde Pública e o padrão de vida da maioria da população é péssimo.
Um surto de ebola causaria graves prejuízos num país como esse. Além disso, teme-se que o mundo desenvolvido não vai ajudar muito nas atuais circunstâncias.
Em 2014, quando se declarou a epidemia e a OMS pediu ajuda para as três nações afetadas: Guiné, Libéria e Serra Leoa, foi Cuba, pequena e bloqueada, a primeira e única durante bom tempo que mandou profissionais da saúde para atender à emergência.
Daquela feita, naquela região da África Ocidental morreram 11.300 pessoas. Segundo a própria OMS, esses números não eram lá muito fiáveis, poderiam ter morrido sete vezes mais.
O vírus ebola foi descoberto em 1976 no Zaire, atual República Democrática do Congo; se transmite por contato com fluídos de animais ou pessoas contagiadas e os sintomas são febre alta, intensa dor de cabeça, vômitos, diarréias e hemorragia.
Existem duas vacinas experimentais, cujos resultados não são promissores e não há tratamento específico para curar essa doença, portanto controlar os contágios é o melhor caminho.
Esperemos que não se espalhe e se evitem maiores sofrimentos na África, um continente castigado pela pobreza, a exploração e o olvido de boa parte do mundo.