Motivos políticos por trás das acusações contra Cuba

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-02-19 15:11:16

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Por: Maria Josefina Arce

Poucos meses depois de assumir, em 2017, a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump acusou Cuba, sem provas, de supostos ataques sônicos contra seu pessoal diplomático em Havana que mostrou problemas de saúde.

Uma informação secreta do Departamento do Tesouro norte-americano, recentemente publicada, confirma que as acusações tiveram marcante motivo político desde o começo.

Trump cometeu erros e excessos na gestão do caso, assinala a informação recordando que não foi indicado nenhum funcionário de alto nível para investigar.

O fato é que Donald Trump aproveitou o assunto para reduzir em 60 por cento seu pessoal diplomático em Havana e expulsar uns 20 diplomatas cubanos de Washington. Uma manobra para prejudicar as relações entre os dois países que tinham sido reatadas em 2015 sob o mandato do ex-presidente Barack Obama.

Engendrou-se assim o que seria, a partir daquele momento, a política dos Estados Unidos contra Cuba, marcada por crescente hostilidade e o endurecimento do bloqueio, com mais de 200 ações em quatro anos de governo de Trump.

Cuba, ao tomar conhecimento do incidente de saúde, realizou imediatamente exaustiva investigação. Cientistas e especialistas analisaram até o meio em que se movia o pessoal diplomático para descartar qualquer possibilidade.

De resto, Cuba sempre manifestou disposição de cooperar com as pesquisas, para determinar as possíveis causas das indisposições. Porém, não lhe permitiram examinar os pacientes, nem tiveram acesso a seus laudos médicos e se desalentou o intercâmbio em nível científico.

Os agentes do FBI – Bureau Federal de Investigações – que viajaram quatro vezes a Havana também não acharam evidência nenhuma dos supostos ataques sônicos.

Renomados cientistas de outras nações questionaram a possibilidade de que os sintomas dos diplomatas norte-americanos tivessem sido provocados por um equipamento conhecido.

Além disso, deixaram claro que não é possível causar danos cerebrais a partir desses incidentes.

A informação publicada corrobora que não há nenhuma prova de supostos ataques e por trás de todas essas falsas acusações estava a hostilidade de um governo contra um país soberano e independente, que sempre sobressaiu porque garante a saúde e a segurança dos cubanos e dos cidadãos estrangeiros.

 



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