Nestes dias Washington, a capital dos EUA, é palco de uma intensa atividade em solidariedade aos cinco cubanos presos em 1998 em Miami e condenados por lutarem contra o terrorismo. Da jornada participam ativistas, parlamentares, advogados, líderes religiosos, artistas e personalidades de vários países.
O propósito da iniciativa, a terceira do seu tipo realizada na capital norte-americana, é divulgar o caso e exigir das autoridades desse país a liberdade imediata de Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero. Os outros dois, René González e Fernando González já voltaram a Cuba. Eles cumpriram integramente as penas aplicadas.
Os cinco foram vítimas de um julgamento manipulado politicamente em Miami. Eles foram detidos quando tratavam de monitorar as atividades de grupos de extrema-direita radicados na Flórida que realizam ações terroristas contra Cuba.
Washington foi escolhida como palco desta jornada de solidariedade para contribuir a divulgar a injustiça cometida e as irregularidades no processo judicial, e ressaltar que os cinco tratavam de impedir ações violentas contra sua pátria.
Também, para denunciar o silêncio na mídia norte-americana e internacional em torno deste caso. Aliás, está provado que jornalistas de Miami receberam dinheiro do governo dos EUA para criar um clima hostil aos cinco durante o julgamento. Dessa maneira, a opinião pública foi manipulada e não teve acesso à verdade do assunto.
A condenação aos cinco fez parte da política hostil das autoridades norte-americanas contra Cuba, iniciada logo depois da vitória da Revolução em 1959. Por isso, um dos propósitos da jornada em Washington é exigir uma mudança nesse enfoque.
Cresce o número de pessoas que consideram que é preciso eliminar o bloqueio econômico, comercial e financeiro vigente há mais de 50 anos e iniciar um processo de normalização das relações bilaterais. Nesse rumo se insere o assunto da liberdade de Gerardo, Ramón e Antonio.
Os ativistas de solidariedade reunidos em Washington exigem justiça para os três, exemplos de resistência, dignidade e sensibilidade humana, e seu retorno imediato a Cuba junto a suas famílias.
(M.J. Arce, 6 de junho)