Guillermo Alvarado
Capitais e cidades de inúmeros países, como Paris, Berlim, Leipzig, Madri, Montreal, Ottawa, Bagdá, México e outras, foram testemunhas de grandes manifestações que denunciaram os bombardeios de Israel contra a população palestina da Faixa de Gaza.
À medida que endurece a agressão sionista, se multiplicam os protestos e muitos países árabes, que começaram a se aproximar de Tel-aviv, estão pressionados agora a revisar essas medidas diplomáticas.
Até nos Estados Unidos houve marchas em Filadélfia, Washington, Boston e Nova York para exigir a intervenção do governo de Joe Bide e conseguir a cessação dos bombardeios, ou evitar que comece um ataque por terra contra Gaza.
Nessa estreita faixa de terra vivem quase dois milhões de palestinos amontoados, em condições de campo de concentração e são vítimas de extermínio premeditado e organizado de uma maneira perversa.
Bombardeios ocorridos em 2006, 2007 e 2012 causaram centenas de mortos e destruíram milhares de moradias e infraestrutura.
A isso se somam as operações de 2008 e 2014, que deixaram uns 3.500 mortos, a maioria deles civis e um quarto de eles crianças.
Não se trata de uma guerra contra o movimento Hamas, como diz a propaganda israelense, e sim de uma limpeza étnica.
É absurdo pedir às duas partes que cessem o conflito, se uma delas tem apenas foguetes artesanais de voo curto e escasso poder, em troca a outra parte dispõe de um exército moderno e bem equipado, aviões F-16 e F-22, drones, bombas de fragmentação e de fósforo.
Só no último domingo, durante os bombardeios mais intensos contra Gaza morreram 40 civis, mulheres e crianças inclusive. Antes, tinham destruído um edifício onde estavam os escritórios da rede de televisão Al Jazeera e a agência de notícias AP.
O presidente e diretor do meio norte-americano, Gary Pruitt, disse estar abalado e horrorizado pelo ataque, cujo objetivo era silenciar o que está se passando nesse lugar.
Talvez seja o momento apropriado para recordar que existe um movimento internacional para boicotar o Estado sionista a fim de exercer pressão, não só do ponto de vista econômico e comercial, mas também do ponto de vista acadêmico, cultural e esportivo.
O sionismo é uma forma de apartheid. Do mesmo modo que o mundo pôs de lado o regime racista sul-africano, deveria fazer a mesma coisa com esse polícia do Oriente Médio que comete seus delitos achando que é impune.