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Maria Josefina Arce
A psicologia tem sido essencial no apoio e acompanhamento das medidas sanitárias para o enfrentamento à Covid-19 em Cuba, especialmente no atendimento aos convalescentes com sequelas que limitam sua reintegração no dia a dia.
Diferentes estudos revelam que as medidas de isolamento criam estresse, mal-estar em crianças e jovens provocando reações rebeldes e dificuldades para o aprendizado. A pandemia também ocasiona medo de sair à rua, de adoecer e contagiar os outros.
Por isso, tem sido muito importante o apoio de psicólogos não só nos centros de saúde, mas também através de iniciativas introduzidas em Cuba por meio das redes sociais formando grupos e dos meios de comunicação.
O Grupo Nacional de Psicologia em parceria com a televisão e a rádio transmitem programas que ajudam as famílias a tolerarem melhor a atual situação.
Os que recobram a saúde têm não só sequelas físicas, mas também psicológicas: ansiedade, depressão, insônia e transtornos de adaptação, portanto, recebem atendimento integral para que possam se reincorporar na sociedade.
Essas pessoas recebem, em primeiro lugar, atenção do médico e enfermeira da comunidade e nas policlínicas, porquanto sofreram danos de peso e precisam ser atendidas.
Em toda Cuba existem centros comunitários para o atendimento à saúde mental da população. Igualmente, fazem parte do sistema, no atendimento secundário, os hospitais e as instituições especializadas provinciais e, no terciário, os institutos de pesquisa.
Nos momentos atuais, quando avança a imunização da população com vacinas cubanas é muito importante o apoio dos psicólogos, porque as pessoas vão perdendo a percepção de risco e é preciso manter as medidas higiênicas e sanitárias.
Os psicólogos realizam um valioso trabalho nestes meses de pandemia que permite não só a reintegração dos convalescentes de Covid-19 na sua vida diária, mas também neutralizar informações falsas, ou sem fundamento, que podem criar temor na população.