Reunião de cúpula de Glasgow

Editado por Irene Fait
2021-11-02 17:35:29

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Cúpula da ONU sobre a mudança climática em Glasgow, Escócia.

Por Guillermo Alvarado

A reunião de cúpula da ONU sobre Mudança Climática, em Glasgow, Reino Unido, conhecida como COP-26, começou com o ambicioso desafio de implementar os Acordos de Paris e impedir que a temperatura média do planeta suba de tal modo que não haja volta atrás.

Chefes de Estado e de Governo, ministros e delegados de uns 200 países e representantes de organismos internacionais participam do encontro matizado por marchas e protestos de ativistas e defensores do meio ambiente, que exigem maior responsabilidade dos líderes mundiais.

O presidente da COP-26, Alok Sharma, afirmou que as negociações doravante serão mais complicadas do que as de Paris em 2015, pois não focalizarão questões gerais. Desta feita, os compromissos serão individualizados, em primeiro lugar o espinhoso tema financeiro.

A limitação da subida da temperatura a 1,5 graus centígrados até o fim do século com relação à era pré-industrial passa por investimentos para atenuar a emissão de gases tóxicos, e para a adaptação dos países mais prejudicados pelo aquecimento.

Os países mais desenvolvidos, congregados no G-20, são os que contaminam mais a atmosfera: são responsáveis pela emissão de 80 por cento da poluição total.

Já as nações pobres, que não contam com os recursos indispensáveis par a proteger sua população e resguardar sua economia, são as mais castigadas pelos danos provocados por estiagens, tempestades ou a subida do nível do mar.

Por isso, desde a reunião de cúpula de Copenhague, realizada em 2009, o mundo rico assumiu o compromisso de entregar cada ano 100 bilhões de dólares para financiar a luta contra a mudança climática, porém esse compromisso não foi cumprido ao pé da letra.

De acordo com a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne o mundo industrializado, em 2019 entregou-se 80 por cento, porém grupos não governamentais garantem que esse montante envolvia muitos empréstimos que deveriam ser restituídos com juros.

Hoje em dia, se registra uma subida de temperatura média de 1,1 graus centígrados e estamos em 2021, portanto, se calcula que até o final do século alcançara 2,7 graus, muito acima do previsto para conservar a vida e a saúde no planeta.

Em duas semanas vamos saber se a reunião de cúpula terá resultados concretos, ou se atolará mais uma vez no pântano dos discursos e das declarações apesar de todos estarem cientes de que não podemos nos mudar para outro lugar quando o nosso planeta for inabitável, algum dia.

 

 



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