Maria Josefina Arce
A relação entre Cuba e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) data de 70 anos e pouco mais.
Ao longo desse tempo, ambas as partes se apoiaram em seus programas para avançar em prol do desenvolvimento e bem-estar dos povos.
A UNESCO sempre destacou a participação ativa de Cuba dos projetos de cooperação Sul-Sul em áreas como a saúde, a educação e a agricultura e sua contribuição para a formação de recursos humanos na América Latina e o Caribe.
Cuba apoiou os esforços da UNESCO em eliminar o analfabetismo em nível mundial. Seu método “YO si puedo” foi utilizado em 30 países com êxito total para ensinar a ler e escrever.
Perto de onze milhões de pessoas foram alfabetizadas com o mencionado programa que recebeu, em 2008, o Prêmio Rei Sejong, concedido pelo organismo internacional.
Cuba sempre compartilhou suas experiências em diferentes áreas. Por exemplo, na 41ª Conferência Geral da UNESCO, em Paris, detalhou as ações postas em prática no combate à Covid-19 e a volta segura às aulas presenciais, após a imunização dos estudantes com vacinas próprias.
A UNESCO também favoreceu Cuba em seus programas de desenvolvimento. Nesse contexto, apoiou a futura criação em Havana de uma escola do Programa de Gestão de Transformações Sociais MOST com o propósito de potenciar as ações de cooperação científica no âmbito das ciências sociais e no contexto da recuperação pós-pandemia.
Esta iniciativa, crida em 1994, incentiva a pesquisa na área de ciências sociais e não é a primeira vez que acontece em território cubano.
Cuba faz parte do Conselho Intergovernamental para a região da América Latina e o Caribe.
O mencionado programa trabalha com os governos, as comunidades de ciências sociais e os atores da sociedade civil para melhorar o nexo entre a pesquisa e a tomada de decisões, âmbito em que a Ilha trabalhou intensamente nos últimos anos.
Elba Rosa Pérez, ministra de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente realçou a importância das ciências sociais como ferramenta para o desenho de ações mais eficazes em aspectos como a recuperação econômica, o atendimento às sequelas psicológicas da Covid-19 e a melhora da vida dos cidadãos.
Desde que Cuba entrou na UNESCO, em 1947, as relações entre ambas as partes nunca se interromperam e após a vitória da Revolução em 1959 se fortaleceram com a realização de projetos em parceria visando não só o desenvolvimento da Ilha, mas também de outras nações.