A postura hostil da direita peruana

Editado por Irene Fait
2021-12-05 18:17:03

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Pedro Castillo assumiu a presidência do Peru em julho passado. Desde então, a direita não pára de socavar, por todos os meios, o governo, que é de todos os peruanos, e principalmente das camadas mais pobres da sociedade.

A proclamação do professor e sindicalista Castillo como vencedor das eleições presidenciais, em junho passado, com 50,19% dos votos demorou um mês, por causa das pretensões da direita de escamotear a vitória.

O partido “Força Popular”, de Keiko Fujimori, a rival de Castillo nos pleitos, lançou mão de argúcias legais e mentiras assediando as autoridades eleitorais com o objetivo de reverter os resultados das eleições gerais.

As ações desestabilizadoras têm sido várias nestes quatro meses de mandato procurando afastar ministros do gabinete para que fossem nomeados aliados da direita.

No intuito de abrandar a crise e poder concretizar o programa de governo, focado nos pobres, se suscitaram mudanças, porém a pressão continua e a incerteza domina o panorama peruano.

Há risco da denominada vacância presidencial, que já tinha sido aplicada em tempos recentes. No último dia 25 de novembro, congressistas de três partidos da direita: Avanza País, Fuerza Popular e Renovación Popular, encaminharam ao órgão legislativo um pedido de impeachment contra o presidente, sob o pretexto de uma suposta incapacidade moral para o exercício de suas funções.

No próximo dia 7 de dezembro, o Congresso deverá discutir a admissão a debate do pedido. Não é preciso dizer que boa parte dos peruanos é contra.

Uma pesquisa do Instituto de Estudos Peruanos revelou que 71% dos habitantes daquele país não aprovam a ação do Congresso, onde a oposição tem maioria.

A pesquisa, divulgada em dias recentes, deixou claro que 55% dos peruanos não concordam com o pedido de vacância contra o presidente eleito pelos cidadãos.

Para muitos, esse é um mecanismo mal utilizado e manipulado para fins políticos e interesses particulares, sem levar em conta o bem-estar da nação.

Um bom número de pessoas solicitou o fechamento do Congresso por ser inoperante e por teimar em obstaculizar o trabalho do governo por um Peru mais justo.

A postura cada vez mais hostil da direita peruana contra o presidente Pedro Castillo não permite que o país saia da instabilidade política em que se acha mergulhado faz vários anos, em detrimento dos peruanos.

 

 



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