Parecia que as tradicionais festas natalinas e Ano Novo tornariam a reunir as famílias e os amigos, após quase dois anos de pandemia, mas de repente surge a variante ômicron do novo coronavírus com velocidade de contágio explosiva obrigando muitos países a retomarem as medidas de restrição.
A Organização Mundial da Saúde informou de 89 países, onde já circula a variante ômicron, provavelmente neste instante o número seja muito mais elevado.
Europa ocidental, uma região altamente desenvolvida, é a mais atingida, porque lá os programas de imunização desenhados pelos governos - que monopolizaram mais doses de vacinas do que as necessárias - foram entorpecidos por inusitadas campanhas contra a vacinação.
É incrível que milhões de pessoas não queiram se proteger por essa via, enquanto isso, no mundo pobre, há povos inteiros sem possibilidade de se imunizarem com as diferentes substâncias existentes.
No Reino Unido, em apenas 24 horas os contágios se triplicaram chegando a 80 mil, o que levou a prolongar o tele trabalho, exigir certificado de vacinação em eventos públicos e o uso de máscaras em lugares fechados.
A França proibiu as viagens não essenciais ao Reino Unido. Por sua vez, a Alemanha anunciou quarentena obrigatória a todos os viajantes não vacinados provenientes de outras nações do Velho Continente.
O governo de Países Baixos (antigamente Holanda) ordenou isolamento estrito de seus cidadãos que se prolongará até 14 de janeiro.
Com menos virulência, ômicron se espalha, também, pela continente americano, nos Estados Unidos os contágios diários de Covid-19 alcançaram 150 mil na quinta-feira da semana passada, segundo os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças.
A Organização Pan-Americana da Saúde informou da existência da nova variante no Equador e no Peru, onde se proibiram as festas públicas por ocasião do Natal e Ano Novo.
A nova onda global tem muito a ver com o pouco avanço da vacinação, em alguns casos por falta de recursos dos governos, a ineficácia de programas como COVAX para garantir uma distribuição equitativa de imunizantes, ou a indolência das pessoas.
Igualmente não podemos esquecer a avareza dos laboratórios multinacionais que dão prioridade aos lucros em detrimento da saúde dos povos, porque para eles o sofrimento e a morte alheia é fonte de grandes negócios.