Governo da Bolívia respeita os direitos humanos

Editado por Irene Fait
2022-02-22 17:07:38

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Jeanine Añez. Photo: El Intransingente

Nestes meses, familiares, defesa e opositores armaram uma história em torno da falta de atenção à saúde da ex-presidente golpista Jeanine Añez, que se encontra em prisão preventiva na penitenciária de Miraflores, em La Paz, pelo caso do golpe de Estado de 2019, na Bolívia, e por ter assumido o poder de modo inconstitucional. A armação, contudo, foi desmentida por diferentes organismos.

Nos últimos dias, com transparência total, a comissão da ONU para os Direitos Humanos, soube da situação de Áñez, que se encontra em greve de fome. A comissão admitiu que tanto o governo quanto as autoridades penitenciárias respeitaram sua decisão. E clarificaram que não houve nenhuma ação de alimentação ou tratamento forçado.

Em outubro de 2021, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos determinou que o governo do presidente Luis Arce sempre levou em consideração a saúde da detida e rejeitou o pedido de medidas cautelares encaminhado pela defesa por supostas ameaças, agressões e a falta de acesso a um tratamento médico apropriado.

Infelizmente, as inúmeras vítimas do golpe de Estado contra o então presidente Evo Morales não receberam a mesma consideração, nem o mesmo respeito.

Os direitos de Áñez são respeitados, pode receber visitas e conta com advogados de defesa. Em troca aos familiares das vítimas do golpe só lhes resta chorar seus mortos que perderam a vida durante a violenta repressão desencadeada pelas autoridades golpistas.

Escudado no pretexto de uma suposta fraude nas eleições de outubro de 2019, nas que foi reeleito Evo Morales, o golpe de Estado criou caos e instabilidade política no país sul-americano.

Dezenas de mortos, centenas de feridos e perto de dois mil detidos provocou a ação anticonstitucional cujo único objetivo era se apoderar do governo. Diversos estudos feitos por especialistas provaram que não houve fraude nas eleições, como disseram os golpistas apoiados pela OEA – Organização de Estados Americanos-.

A polícia cometeu graves violações dos direitos humanos, houve execuções extrajudiciais e se utilizou a tortura, houve violência sexual e de gênero.

Bem conhecidas são as chacinas de Senkata, em El Alto, e de Sacaba, em Cochabamba, acontecidas com quatro dias de diferença. A brutalidade policial contra os manifestantes que se opunham ao golpe deixou 20 mortos e 200 feridos.

Os atos de violência contra os bolivianos prosseguiram após a chegada da Covid-19. A atuação do governo golpista, dirigido por Áñez, com relação à doença foi péssima. Houve elevados índices de contagiados e mortos no país.

Atos de corrupção vieram à luz, como a compra por preços excessivos de 170 ventiladores pulmonares destinados às UTIs, mas que não tinham os parâmetros requisitados para o tratamento dos doentes.

Os golpistas nunca pensaram na saúde dos bolivianos. Recusaram a ajuda oferecida por Cuba de atendimento médico aos contagiados com o vírus. Vale recordar que, após o golpe, perseguiram e expulsaram os especialistas cubanos que tinham ajudado a melhorar os índices sanitários da nação sob o governo do MAS – Movimento ao Socialismo-.

Em troca, o atual governo constitucional de Luis Arce respeita escrupulosamente os direitos humanos de cada boliviano, independentemente de sua predileção política.



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