Correto, mas limitado

Editado por Irene Fait
2022-05-17 18:45:49

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Por Guillermo Alvarado

O Departamento de Estado norte-americano anunciou por meio de um comunicado, na segunda-feira passada, o afrouxamento de algumas medidas que tinham endurecido o bloqueio contra Cuba. Tais medidas foram tomadas durante o governo do ex-presidente Donald Trump com o propósito de asfixiar a Ilha.

Como se sabe, a Casa Branca aproveitou as perturbações ocasionadas pela pandemia da Covid-19, a crise internacional e a depressão econômica global, para apertar ainda mais o cerco contra Cuba com graves consequências na vida da população.

Cuba, acompanhada por quase toda a comunidade internacional, denunciou essa política perante a Organização das Nações Unidas, porém suas justas demandas não encontraram ouvidos receptivos em Washington.

Agora, o governo de Biden anuncia modificações na outorga de vistos, facilitar as visitas familiares, aprovar voos às províncias cubanas, que hoje em dia se limitam a Havana, ampliar o montante das remessas de dinheiro e permitir que cidadãos norte-americanos, previamente autorizados, viajem à Ilha.

O ministério das Relações Exteriores de Cuba (MINREX) afirma que se trata de um passo limitado na direção correta, todavia não modifica a essência do bloqueio econômico, comercial e financeiro.

O documento diz que no comunicado do Departamento de Estado se identificam algumas ofertas feitas pelo presidente Joseph Biden durante sua campanha eleitoral de 2020.

Essas ofertas, diz o MINREX, prometiam “aliviar decisões desumanas tomadas pelo governo do presidente Trump, que tinham endurecido o bloqueio em níveis sem precedentes, e a política de pressão máxima aplicada desde então contra Cuba”.

Contudo, o recente anúncio de Washington não suprime as principais medidas do anterior governo, nem causa um verdadeiro impacto na vida da população.

Permanece inalterável a “inclusão arbitrária, e fraudada, de Cuba na relação do Departamento de Estado de países que supostamente patrocinam o terrorismo”.um dos principais obstáculos para as operações comerciais e financeiras da nação com o resto do mundo.

Não mudaram os objetivos da política dos Estados Unidos contra Cuba, nem suas principais ferramentas.

As relações entre os dois países só serão normais quando cessar o bloqueio e os Estados Unidos reconhecerem o direito do povo cubano de escolher, com liberdade total e soberania, seu sistema político, social e econômico.



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