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Por Maria Josefina Arce
Em 2016, após o impeachment a Dilma Rousseff, assumiu a presidência no Brasil o golpista Michel Temer e se desatou o neoliberalismo, que destruiu os benefícios obtidos pelos brasileiros durante os governos do Partido dos Trabalhadores. Ademais, as criticadas privatizações colocaram em perigo a soberania do país.
Este é um dos eixos do neoliberalismo. Na América Latina, uma longa lista de empresas estatizadas como minas, telefonia, portos e outras passaram a mãos privadas.
Com Temer, se desencadeou a segunda maior onda de privatizações nas últimas décadas.
A multinacional Telesur recorda que Temer conseguiu liquidar mais de 57 empresas que tiveram a ver direta ou indiretamente com os agronegócios. Sua política beneficiou as elites econômicas e os empresários aliados.
A entrada de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto consolidou a estratégia de desmantelamento. Planeja privatizar a Petrobras e a empresa de Correios, onde trabalham perto de 100.000 servidores públicos.
Em fevereiro passado, o governo anunciou a privatização de cinco parques nacionais, localizados nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.
Dias atrás, o Tribunal de Contas deu luz verde à privatização da Eletrobrás, a maior companhia elétrica da América Latina, responsável pela geração de um terço da eletricidade no Brasil e dona de quase a metade das linhas de transmissão.
A antipopular medida, que tinha sido aprovada em meados de 2021 pelo Congresso, se realizará mediante a emissão de novas ações. Assim, a participação do Estado no capital de Eletrobrás cai de 72% a 45%.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sem uma Eletrobrás pública, o Brasil perde boa parte de sua soberania e segurança energética, e as faturas da luz serão mais caras
A privatização da empresa se notará imediatamente no bolso dos trabalhadores, que estão sofrendo a volta da inflação e dos altos preços, com faturas mais caras e abusivas.
A maioria dos brasileiros rejeita a política de privatização do presidente Bolsonaro, porquanto atenta contra o patrimônio público e só favorece a elite econômica e os especuladores.