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Por Maria Josefina Arce
Em 28 de maio se comemorou o Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres, um direito que se vulnera todos os dias em muitas nações devido a fatores econômicos e socioculturais.
Pobreza, violência, guerras, discriminação e exclusão social por raça, religião e outros motivos atentam contra a prerrogativa das mulheres de ter uma saúde sexual, mental e reprodutiva de qualidade e gratuita.
Em Cuba, o acesso universal e gratuito ao atendimento médico oferece outras perspectivas para as mulheres, que antes da vitória da Revolução de janeiro de 1959 tinham uma expectativa de vida de 63 anos e seus filhos morriam muitas vezes antes de completarem um ano por causa de doenças que poderiam ter sido evitadas.
Com a consolidação do sistema sanitário começaram a implementar-se programas específicos para esse segmento populacional, que conta com o apoio de organizações da sociedade civil como a FMC (Federação de Mulheres Cubanas).
Assim surgiu o Programa de Atenção Materno-Infantil, que zela pela mãe e a criança. Esse programa ajudou a alcançar indicadores comparáveis aos de países desenvolvidos, apesar das limitações que impõem 60 anos de bloqueio norte-americano.
O médico da comunidade e os lares maternos são essenciais, porquanto permitem acompanhar as mulheres com risco em qualquer etapa da gravidez.
Igualmente, se busca prevenir determinadas patologias que afetam esse grupo populacional. Nessa direção, se criou o Programa Nacional contra o câncer de mama, que ocupa o segundo lugar de incidência no país. Começa com o diagnostico precoce e a pesquisa a partir o trabalho dos médicos da comunidade que aproximam as pacientes a um atendimento antecipado da doença, o que ajuda a controlá-la.
Um princípio que também se pratica no Programa Nacional de luta contra o câncer de colo do útero. Cuba conta com mais de 45 consultas de patologias do colo em todo o país com cobertura suficiente para atender às mulheres dos 168 municípios.
Lá, trabalham profissionais qualificados, apoiados por aparelhos de tecnologia de ponta que permitem a detecção precoce da doença.
São atendidos, também, casais inférteis em busca de realizar sua aspiração de ter filhos. Cuba é o único país com acesso universal gratuito de pessoas com dificuldades de reprodução desde o primeiro nível de atendimento.
Em todo o país, há outras ações encaminhadas a proteger a saúde das mulheres, como a educação sexual nas escolas, comunidades e as campanhas divulgadas pelos meios de comunicação.
Embora os dois anos de emergência sanitária mundial obrigaram a despender consideráveis somas de dinheiro para combater a Covid-19, Cuba adequou o trabalho e os fundos disponíveis para manter os programas anteriormente mencionados, imprescindíveis para garantir a saúde das mulheres.