BolsoTrump?

Editado por Irene Fait
2022-07-21 17:53:51

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

Jair Bolonaro com Donald Trump

Por Guillermo Alvarado

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está perdendo em todas as pesquisas de intenção de votos para as eleições de outubro. Além disso, seu comportamento errático enerva cada vez mais os brasileiros.

Qual foi sua mais recente e desastrada manobra? Pois bem, quis “que o mundo soubesse” dos supostos preparativos de fraude nas eleições presidenciais, disse que as máquinas eletrônicas de votar e de contar os votos estavam preparadas para favorecer o Lula.

Convocou os diplomatas estrangeiros credenciados em Brasília para formalizar a denúncia, mas as coisas não saíram como esperava.

Segundo o jornalista Eric Nepomuceno, Bolsonaro anunciou primeiro a presença de 150 representantes estrangeiros, depois baixou o número a pouco menos de 100, mais tarde já falava em 50 e poucas horas antes do encontro, fez saber que seriam uns 40.

Os embaixadores receberam instruções de seus países de não corroborarem a tese golpista de Bolsonaro, detalhou o jornalista.

As máximas autoridades eleitorais rejeitaram os argumentos do presidente e garantiram que não existia nenhuma possibilidade de alterar os resultados.

É verdade que Bolsonaro se expôs de novo ao ridículo, mas, cuidado, não se deve pôr de lado os avisos que está mandando sobre suas intenções de não aceitar os resultados dos pleitos, ou de evitar, se fosse possível, sua realização.

O seu comportamento é cada vez mais parecido com o do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que ciente de que tinha perdido, fez o que ninguém teria imaginado antes: propiciou o ataque ao Capitólio para impedir que fossem certificados os resultados. O que ele fez por um triz não provocou uma grande tragédia.

Imaginem o que poderia ocorrer no Brasil, com um sujeito tão desaforado, ou talvez mais do que Trump, comandando as forças armadas e milhares de fanáticos ultradireitistas dispostos a qualquer coisa para evitar a vitória de Lula da Silva.

É evidente que Bolsonaro quis utilizar os diplomatas estrangeiros para que a comunidade internacional não reconhecesse os resultados se a vitória não lhe sorrisse.

Corresponde, portanto, ao conglomerado das nações enviarem uma mensagem clara ao presidente-candidato: qualquer ato inconstitucional, ou agarrar-se ao poder à força, será desconhecido imediatamente.

É claro que a última palavra é dos brasileiros, que serão os primeiros em defender a verdade e a justiça.

 



Comentários


Deixe um comentário
Todos os campos são requeridos
Não será publicado
captcha challenge
up