Brasil: segundo turno em 30 de outubro

Editado por Irene Fait
2022-10-03 16:57:23

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Por Maria Josefina Arce

Os prognósticos não falharam e haverá segundo turno das eleições gerais no Brasil, em 30 de outubro, ao não obter nenhum dos candidatos à presidência mais de 50 por cento dos votos válidos, no domingo.

Como se esperava, competirão pela presidência o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, e o atual presidente, Jair Bolsonaro, do Partido Liberal.

No primeiro turno, Lula, que governou o Brasil de 2003 a 2010, foi o mais votado. Obteve mais de 48 por cento, seguido de perto por Bolsonaro, com pouco mais de 43 por cento.

As eleições de domingo decorreram em calma, após uma campanha eleitoral marcada pelo aumento da violência política incentivada pelo discurso de Bolsonaro.

De acordo com as autoridades eleitorais, 80 por cento dos brasileiros cadastrados para votar compareceram às urnas nas eleições, as mais polarizadas dos últimos tempos no Brasil.

No domingo, também foram eleitos os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, os 513 membros da Câmara de Deputados, um terço do Senado e legisladores estaduais.

No dia 30 de outubro, os brasileiros voltam às urnas para o segundo turno, e Lula continua favorito para vencer Bolsonaro, porém não se deve perder de vista que o atual presidente obteve maior apoio do que prognosticavam as pesquisas.

Bolsonaro, aos poucos, foi ganhando espaço, avalizado pelos mais de 40 milhões de evangélicos que lhe deram o voto nas eleições de 2018.

Não obstante, os analistas estimam que, no segundo turno, pesará a má resposta do governo de Bolsonaro à Covid-19. Vale recordar que o atual presidente falou que a Covid-19 era uma simples gripezinha, se opôs ao uso da máscara, questionou o isolamento social para evitar o contágio e demorou a vacinação.

Como resultado, o Brasil foi o segundo país que registrou o maior número de mortos por causa dessa doença, com perto de 700 mil mortos.

No aspecto social, as desigualdades aumentaram e o Brasil voltou ao mapa da fome da ONU após oito anos não estar presente no mesmo.

Igualmente, pesará a política ambiental de Bolsonaro, durante cujo mandato a destruição da Amazônia bateu recorde por ter incentivado o presidente a mineração ilegal e as atividades da indústria madeireira e a agropecuária.

Os brasileiros dirão a última palavra no próximo dia 30, quando deverão escolher entre duas propostas totalmente contrárias: a de Lula em prol do progresso de todos, especialmente dos mais pobres, e a de Bolsonaro, que aposta nas privatizações e defende mais armas nas ruas, que multiplicaria a violência.

 



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