debate televisivo Lula-Bolsonaro  Página 12

Por Maria Josefina Arce

O segundo turno das eleições no Brasil, em 30 de outubro, concentra a atenção da América Latina e do mundo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual, Jair Bolsonaro, rivalizarão pelo cargo de presidente, como todos sabem.

Lula da Silva, ganhador do primeiro turno, continua liderando as pesquisas de opinião, porém Bolsonaro está próximo dele. Aliás, surpreendeu no dia dois de outubro com um desempenho muito melhor do que revelavam as enquetes.

O candidato Lula obteve 48,4% dos votos, e Bolsonaro tinha conseguido 43,2%.

Na reta final, ambos intensificam suas campanhas em regiões consideradas estratégicas no mapa eleitoral para captar maior número de votos.

Ademais, buscam conquistar os indecisos e os que não votaram no primeiro turno, em que o abstencionismo foi de uns 20%.

Lula da Silva recebeu o apoio dos candidatos que ficaram em terceiro e quarto lugar no começo do mês. Eles são a senadora de centro-direita Simone Tebet, que obteve 4,16% dos votos e Ciro Gomes, com 3%.

Bolsonaro conseguiu o apoio de Romeu Zema, reeleito governador de Minas Gerais, um dos estados termômetros dos pleitos.

Esta campanha eleitoral foi a mais polarizada dos últimos tempos no Brasil: não faltaram a violência política, nem as notícias falsas espalhadas por Jair Bolsonaro.

Em dias recentes, a pedido dos advogados de Lula, o Tribunal Superior Eleitoral ordenou cancelar 50 fake news que provocavam desinformação.

De resto, o presidente Bolsonaro, em manobra populista e com finalidade eleitoral, adiantou o pagamento de assistência social a 20 milhões de famílias brasileiras.

Toda a atenção está voltada para o segundo turno das eleições no Brasil, no dia 30 de outubro.

Há um mar de incerteza por causa dos constantes ataques de Bolsonaro contra o sistema eleitoral e porque, provavelmente, não aceitará a derrota se Luiz Inácio da Silva ganhar, como assinalam as pesquisas de opinião até agora.