Repsol multada pelo desastre meio ambiental no Peru

Editado por Irene Fait
2022-11-02 19:33:31

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Por Maria Josefina Arce

Em janeiro deste ano, ocorreu o pior desastre meio ambiental dos últimos tempos no Peru. Perto de 12 mil barris de petróleo da empresa espanhola Repsol se espalharam no litoral peruano ocasionando graves prejuízos à biodiversidade e deixando milhares de pessoas sem trabalho.

O lastimável fato teve lugar quando o navio petroleiro “Mare Doricum”, de bandeira italiana, descarregava óleo na refinadora de La Pamplla, propriedade de Repsol.

A mancha de petróleo se espalhou pelo mar até 140 km a norte da refinadora e provocou a morte de enorme quantidade de peixes, aves e mamíferos marinhos. Como se não bastasse, as atividades pesqueiras e turísticas nos arredores foram prejudicadas.

O Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental do Peru informou nestes dias sobre a imposição de mais de 10 milhões de dólares de multa à petroleira espanhola por ter divulgado informação falsa e não ter atuado de maneira consequente depois do vazamento do óleo.

A verdade é que Repsol não admitiu imediatamente a grande quantidade de petróleo que tinha acabado no mar e divulgou números muito inferiores aos verdadeiros.

Ademais, para esquivar sua responsabilidade, falou que o vazamento tinha sido provocado por várias causas mencionando fortes ondas causadas por um tsunami produto da erupção vulcânica em Tonga.

Testemunhas e o capitão do navio desmentiram.

Depois, jogou a culpa no capitão, disse que tinha feito uma manobra errada e a embarcação colidiu com o sistema submarino de distribuição do óleo, que a investigação tinha demonstrado que não havia recebido a manutenção devida, por isso o petróleo tinha vazado.

Repsol é uma das tantas multinacionais que causam danos ao meio ambiente e à saúde dos moradores nas áreas onde atuam; Todas tratam de esquivar sua responsabilidade.

Vejamos alguns exemplos. Um dos casos mais conhecidos nos últimos tempos é o da petroleira norte-americana Chevron-Texaco no Equador, onde operou de 1964 a 1993, na Amazônia equatoriana.

Para lá do ecocídio cometido, a poluição dos rios e águas subterrâneas pelo vazamento de petróleo e substâncias tóxicas fez com que o câncer acabasse sendo uma das doenças que mais castiga os habitantes da região.

Repsol, como o resto das multinacionais responsáveis pela degradação ambiental, tem a obrigação de respeitar o direito de que haja um meio ambiente sadio e seguro e não prejudicar a saúde dos moradores nos lugares onde realizam suas atividades.

A empresa espanhola não cumpriu isso. Aliás, Repsol é assinalada por muitas outras infrações ambientais em território peruano.



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